Cessar-fogo: início da libertação de reféns está marcado para domingo

Após o acordo de cessa-fogo entre Israel e o Hamas, os primeiros reféns devem ser libertados no domingo (19/1), informou o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu nesta sexta-feira (17/1).

Após preocupações de que o acordo pudesse ser adiado, o gabinete israelense ainda se reunirá para dar a aprovação final ao acordo com o grupo militante Hamas para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos reféns.

“O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu foi informado pela equipe de negociação de que foram alcançados acordos para a libertação dos reféns”, informou seu gabinete em um comunicado.

• Segundo gabinete do primeiro-ministro de Israel, os primeiros reféns de Gaza devem ser libertados no próximo domingo (19/1);
• A troca de prisioneiros se dará após um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que se disse comprometido em cumpri-lo;
• Gabinete de Israel ainda deve se reunir para acertar os últimos detalhes do acordo.

Plano de paz

Se for bem-sucedido, o cessar-fogo interromperá os combates que arrasaram grande parte de Gaza, mataram mais de 46 mil pessoas e deslocaram várias vezes a maior parte da população de 2,3 milhões de habitantes do pequeno enclave antes da guerra, de acordo com as autoridades locais.

Porém, o governo de Israel intensificou os ataques na Faixa de Gaza desde que o plano de paz foi anunciado. Segundo a Defesa Civil de Gaza, 71 pessoas morreram na ofensiva israelense entre a noite de quarta-feira (15/1) e a manhã dessa quinta-feira (16/1), entre elas 19 crianças e 24 mulheres. Mais de 200 ficaram feridas.

Segundo o grupo extremista, forças israelenses atacaram um local onde está uma das reféns raptada de Israel em outubro de 2023. Ela seria parte da primeira das três fases do cessar-fogo, que prevê a troca de sequestrados por prisioneiros palestinos.

“Após anunciar o acordo, o exército inimigo atacou um local onde estava uma das prisioneiras da primeira fase do acordo de cessar-fogo”, disse o porta-voz militar do Hamas, Abu Ubeida. “Qualquer agressão e bombardeio nesta fase pelo inimigo pode transformar a liberdade de um prisioneiro em uma tragédia”.

Contudo, nas primeiras horas de sexta-feira, o gabinete de Netanyahu disse que a aprovação era iminente e que o gabinete de segurança deveria se reunir na sexta-feira antes de uma reunião completa do gabinete para ratificar o acordo.