Brasil quer envolver banco dos Brics na prevenção de desastres climáticos
Brasil assumiu a presidência dos Brics em janeiro, e deve focar em pautas como a cooperação do Sul Global e a reforma da governança global
atualizado
Compartilhar notícia

Durante a presidência nos Brics, o governo buscará envolver a instituição financeira do bloco, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) em discussões sobre prevenção de desastres por meio de financiamento sustentável. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (20/2), após reunião do Grupo de Trabalho sobre Gestão de Riscos e Desastres dos Brics.
O encontro foi organizado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) em conjunto com o Ministério das Cidades, e contou com a participação de representantes de dez dos onze membros dos Brics. A Indonésia, que entrou na aliança em janeiro deste ano, ficou de fora.
“Há um entendimento consensual entre os países de investimento e articulação de espaços e instituições multilaterais. Nós temos o privilégio, no caso dos Brics, de ter um banco próprio específico e nós vamos abrir uma discussão com esse banco para avaliar a possibilidade de investimento e financiamento para políticas relacionadas a isso”, afirmou o secretário Nacional de Periferias, Guilherme Simões,
Além de uma maior participação do NDB, presidido atualmente pela ex-presidente Dilma Rousseff, o governo do Brasil também espera trocar informações com parceiros dos Brics, mesmo aqueles grandes produtores de petróleo como Emirados Árabes Unidos e Rússia, sobre formas de minimizar os impactos climáticos.
“Independente da economia ter mais ou menos petróleo, os desastres em função da mudança do clima afetam todos”, disse o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff. “A ideia dentro do grupo dos Brics é que troquemos experiências e informações de boas práticas, de lições aprendidas, para que possamos, de alguma forma, minimizar os impactos dos desastres provocados por essas mudanças climáticas dos últimos tempos”.
No grupo de trabalho voltado para a prevenção de desastres, a ideia do Brasil é apresentar um plano conjunto que contemple as necessidades de cada país dos Brics, focado na redução de desigualdades e vulnerabilidades, melhorias em alertas antecipados, desenvolvimento de infraestruturas e cooperação com organismos internacionais.