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Baile Charme ganha destaque global e segue como símbolo de resistência

Citado pelo New York Times como “símbolo da identidade e cultura negra”, o charme segue como local de resistência cultural no Brasil

atualizado

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Foto colorida de baile charme - Metrópoles
1 de 1 Foto colorida de baile charme - Metrópoles - Foto: Arquivo pessoal

O Baile Charme, surgido nas periferias do Brasil, se consolidou como um dos principais movimentos culturais negros do país. Presente em várias cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília, o ritmo cadenciado e os os coreografados inspirados no R&B e soul norte-americanos criaram espaços de expressão e pertencimento para a população negra.

O movimento ganhou destaque internacional recentemente com uma matéria publicada pelo New York Times, que descreveu o baile como “símbolo da identidade e da cultura negra”.

Vale também lembrar que o Baile Charme foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial em diversas regiões. Para Ronald Pit Black, integrante do grupo de charme JL e Cia e que teve um vídeo dele dançando republicado por Chris Brown, esse reconhecimento reforça o papel do baile na sociedade.

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Baile Charme de Madureira no Ponto Chic
Ronald Pit Black no Baile Charme
Baile Charme no Rio de Janeiro
Baile Charme
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Baile Charme

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Baile Charme de Madureira no Ponto Chic

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Ronald Pit Black no Baile Charme

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Baile Charme no Rio de Janeiro

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Baile Charme

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“Nos sentimos muito representados. Aos poucos, vamos ganhando espaço e mais públicos de todas as idades”, afirmou em entrevista ao Metrópoles.

Os bailes se tornaram também espaços de resistência. Ao longo dos anos, esses espaços se consolidaram como pontos de encontro para debater o racismo e a desigualdade. Pit Black reforça a importância da cultura como ferramenta de transformação.

“Quando eu era mais novo, tinha outro estilo de vida. Quando conheci o charme, tudo mudou. Parecia que eu estava conhecendo outro mundo”.

No entanto, esse crescimento também trouxe desafios, como a tentativa de adaptação para atender a padrões de mercado. “Manter a essência do baile é fundamental. Não dançamos por visibilidade, e sim para ser mais felizes”, defende Pit Black.

“O Baile Charme sempre vai resistir”

Franklin Miranda, produtor de baile charme, destaca que o movimento precisa de maior reconhecimento. “Ainda falta muito para a globalização do charme. Se tivéssemos mais artistas e produtores especializados, a representatividade dentro e fora das periferias seria bem maior”, analisa.

A influência da cultura charme também se reflete na música. Miranda explica também que o ritmo se adaptou e se misturou ao rap, trap e afrobeat, mas mantendo a própria identidade. “Muitos artistas bebem dessa água, como IZA e Os Garotin. Mas o charme ganhará ainda mais espaço quando for representado em português nos prêmios musicais“, destaca.

Ele afirma que mesmo com a expansão, a essência de resistência segue firme. “O charme começou como resistência e sempre será. O jovem preto que vai pela primeira vez a um baile se sente entre os seus”, diz Miranda.

Ele também enfatiza a experiência promovida pelo movimento: “Dançam pretos, brancos e mestiços no mesmo inho. A resistência vem dessa troca”.

Diferencial dos bailes

O Baile Charme também se destaca pela segurança. “Quando colocamos isso dentro do contexto da segurança, é fato que o charme é um dos únicos nichos de entretenimento sem brigas. Nos bailes, se pratica o respeito e a postura”, ressalta Franklin.

Para Miranda, o maior problema para a expansão dos bailes em todas as cidades do Brasil é claro: falta de apoio institucional limita o crescimento do movimento. “Não nos falta a mensagem nem a coragem para tentar. Nos falta apoio político e social“, afirma.

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