Professor encontra possíveis fósseis e objetos indígenas em Planaltina
Adeilton Oliveira, 48 anos, encontrou o que considera descobertas durante trilhas de bicicleta na região. Iphan e UnB vão avaliar material
atualizado
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Um morador de Planaltina-DF encontrou, na zona rural da região, diversos objetos que podem ter valor arqueológico. Em eios de bicicleta por trilhas e cachoeiras, o professor Adeilton Oliveira, 48 anos, coletou possíveis objetos indígenas, que teriam entre 6 e 12 mil anos idade, e fósseis ─ que arão por avaliação e estudo para confirmação. Nos próximos dias, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) fará uma visita aos locais demarcados pelo brasiliense para avaliar a veracidade dos achados.
Adeilton conta que, em seus eios, encontrou pedras “bem estranhas”, que despertaram sua curiosidade. “A natureza não faz nada em série. Parece um carimbo na pedra”, avalia.
Veja imagens dos achados do professor:
“Pedalo na zona rural de Planaltina há mais de 10 anos. Pelas aulas de artes que eu leciono, tenho noção dos materiais arqueológicos. [Enquanto fazia uma trilha] Peguei a pedra estranha, coloquei no bolso e marquei o local. A gente se depara com muita coisa e não tem a curiosidade de parar para ver o que é”, afirma.
O professor leciona na rede pública do DF e revela que os possíveis fósseis foram encontrados em trilhas da região, enquanto os objetos indígenas foram achados em uma cachoeira local. Os batedores indígenas seriam as pedras que receberam ações do homem para que se tornassem ferramentas.
Ele conta que enviou fotos para Museu de Geociências da Universidade de Brasília (UnB) para que a instituição possa “bater o martelo” sobre a confirmação dos fósseis. E comentou que o Iphan irá realizar uma visita ao local em 11 de março para avaliar um possível sítio arqueológico.
Em relação aos objetos indígenas, o professor diz que recebeu a confirmação de diversos arqueólogos de dentro e de fora do país.
“Quero ajudar a contar um pouco da história da ocupação da região do DF. Não tenho esperado retorno financeiro nenhum, retorno mesmo é satisfação de encontrar alguma coisa que possa contribuir para a história”, acredita.
Órgãos responsáveis
O Metrópoles entrou em contato com a Universidade de Brasília (UnB), com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) e com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e os órgãos não responderam aos questionamentos da reportagem até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para quaisquer manifestações.
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