Áudios de youtuber Klebim vazam: “Pobre tem que roubar pra se dar bem”
“Mano, isso aí não tem jeito não véi, se denunciar e for pra Receita ou alguma coisa, vai dar merda, saca">Instagram/Reprodução

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O influenciador chega a afirmar que, no Brasil, “pobre precisa fazer coisa errada para crescer”. A coluna teve o a uma série de conversas vazadas em grupos de WhatsApp e que começaram a circular pelo Distrito Federal. Nos diálogos, o influenciador digital reclama dos tributos cobrados pela Receita Federal e que receberia “míseros” US$ 500 com visualizações no YouTube. Klebim foi preso no âmbito da operação Huracán, que desmantelou um esquema criminoso envolvendo rifas clandestinas e lavagem de dinheiro, e que rendeu milhões de reais ao influenciador. Leia também Na Mira Youtuber do DF usou mecânico como laranja e lavou R$ 3,4 mi em 6 meses Na Mira Rifa ilegal: youtuber preso faz vídeo brincando com Ferrari de R$ 3 mi Na Mira Youtuber constrói mansão de R$ 4 mi com rifas clandestinas de carrões Na Mira Youtuber do DF com 4 mi de seguidores é preso por lavagem de dinheiro Nos áudios, o youtuber comenta que sabia do perigo que corria em ser alvo das autoridades. “Mano, isso aí não tem jeito não véi, se denunciar e for pra Receita ou alguma coisa, vai dar merda, saca? Até mostrei isso aí hoje pra minha mãe e disse: se der merda tem que dizer a verdade ao advogado e tentar gastar o dinheiro. Porque, moço, não tem jeito de pobre ficar rico se não tiver fazendo nada de errado pro governo não, pô. Não tem jeito, quando eu soltei a rifa eu já sabia que era proibido”, disse. Ouça conversas do youtuber: Advogado e contador Além dos personagens e vínculos já descobertos pela polícia no decorrer da investigação, a análise dos elementos colhidos após a prisão dos envolvidos mostrou uma engrenagem de lavagem de dinheiro altamente complexa, com atuação de um advogado e um contador, que garantiam o desbloqueio dos valores pagos pelas rifas. Segundo as apurações da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), os valores são creditados em plataformas de pagamento, que percebem que as operações são atípicas e bloqueiam o dinheiro. Nesse momento, entram em cena um advogado e um contador, que, através de documentos de empresas de fachada e notas fiscais frias, conseguem o desbloqueio dos valores. De acordo com as investigações, mesmo com a prisão temporária dos quatro primeiros investigados, a engrenagem das rifas ilegais no continuou funcionando. “A influência, articulação e engajamento da organização criminosa nas redes sociais e canais do YouTube, a pluralidade de sítios eletrônicos ainda em funcionamento e a complexidade das operações de lavagem, a DRF não visualizou outra medida apta a impedir que, soltos, voltassem a delinquir”, ponderou o diretor da DRF, delegado Fernando Cocito. A operação As apurações da Operação Huracán apontaram que o influenciador digital utilizava seus perfis nas redes sociais para promover e realizar sorteios de veículos de luxo, com sofisticados sistemas de som e customização. Klebim e outros três alvos foram presos temporariamente pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar. Apenas no Instagram, Klebim tem cinco perfis: o pessoal, com 1,7 milhão de seguidores; Estilo Dub (1,3 milhão); Guincho Dub (12,5 mil), Dub Shop (119 mil) e Dub House (332 mil). Ele ainda mantém um canal no YouTube com 1,27 milhão de inscritos. Já no TikTok, o número é de 1.207. O total de seguidores em todas as redes alcança a marca de 4,7 milhões. Veja quem é o influencer Klebim Moraes: 9 imagensFechar modal.1 de 9Instagram/Reprodução2 de 9Kleber Moraes, conhecido como Klebim, é influenciador digital e criador de conteúdo para a internetInstagram/Reprodução3 de 9Morador de Brasília, o jovem, nascido em 1994, é considerado o maior especialista do Brasil na customização de veículos e no lifestyle DubInstagram/Reprodução4 de 9Com mais de 4 milhões de seguidores nas redes sociais (YouTube e Instagram), Klebim se tornou referência no segmento e fatura alto na internetInstagram/Reprodução5 de 9Apenas no Instagram, Klebim tem cinco perfis: o pessoal, com 1,4 milhão de seguidores; Estilo Dub (1,3 milhão); Guincho Dub (12,5 mil), Dub Shop (119 mil) e Dub House (332 mil). Além disso, ele mantém um canal no YouTube com 1,27 milhão de inscritos. Já no TikTok o número é de 1.207. Em todas as redes, o total de seguidores alcança a marca de 4,4 milhõesInstagram/Reprodução6 de 9Só no YouTube, já são 158.162.098 visualizações desde a data da criação do canal, em 2016Instagram/Reprodução7 de 9Pelo Instagram, o influencer compartilha seu dia a dia em dois perfis, somando 1,8 milhão de seguidores. Nos posts, não esconde a vida luxuosa que levaInstagram/Reprodução8 de 9Nos Stories, é comum vender rifas de carros luxuososInstagram/Reprodução9 de 9Entre carrões e festas, Klebim virou referência em Dub Style, criado na América do Norte e popularizado por rappers e pelo cinema, em filmes como a franquia Velozes e FuriososInstagram/Reprodução Lavagem de dinheiro De acordo com as investigações, os sorteios não são autorizados pelos órgãos competentes, e o youtuber não recolhe impostos. Klebim, de acordo com a polícia, lavava o dinheiro dos sorteios com a aquisição de veículos superesportivos, que são registrados em nome de laranjas – incluindo a mãe do influenciador – e empresas de fachada. Além de Klebim, foram presos, acusados de integrar o esquema criminoso, Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale. Todos teriam ajudado a movimentar as rifas clandestinas e auxiliado na entrega dos veículos, por isso recebiam comissões em dinheiro pagas pelo influenciador digital. A DRF identificou que o esquema era altamente lucrativo e apurou que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos. Para se ter ideia do poder de compra de Klebim, a polícia apreendeu uma Lamborghini Huracán e uma Ferrari 458 Spider. Os superesportivos são avaliados em R$ 3 milhões cada. Veja carrões do youtuber: 9 imagensFechar modal.1 de 92 de 9Especialista na customização de veículos e no lifestyle Dub, Kleber Moraes, conhecido como Klebim, adora usar as redes para mostrar carrões, eventos, exposições e entrevistas com famosos do automobilismoInstagram/Reprodução3 de 9Pelo Instagram, o influencer compartilha seu dia a dia em dois perfis, somando 1,8 milhão de seguidores. Nos posts, não esconde a vida luxuosa que leva em BrasíliaInstagram/Reprodução4 de 9Instagram/Reprodução5 de 9Instagram/Reprodução6 de 9Instagram/Reprodução7 de 9Instagram/Reprodução8 de 9Instagram/Reprodução9 de 9Instagram/Reprodução Caminho do dinheiro A polícia mapeou o caminho dos milhões amealhados com a venda das rifas. Os valores eram pagos por meio de plataformas digitais, como Mercado Pago e PayPal, e caíam diretamente na conta das empresas de fachada. De acordo com o diretor da DRF, Fernando Cocito, “o conluio criminoso era descarado” e capitaneado por influenciadores digitais que arrastavam milhares de seguidores, com o discurso de legalidade e lucratividade das rifas de veículos. “Os presos influenciaram dezenas de outros contraventores que, em toda a Região Centro-Oeste do país, aram a disseminar perfis, canais e sítios eletrônicos de rifas ilegais e a ocultar valores oriundos da contravenção, em prejuízo da ordem econômica e do sistema financeiro”, afirmou. Rifa clandestina A rifa clandestina é prática ilegal, de acordo com o Ministério da Economia, órgão responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no país. Segundo a pasta, ainda que o dinheiro da rifa sirva para bancar projetos de veículos – ou seja, total ou parcialmente direcionado para caridade –, a prática é considerada clandestina e irregular. A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial; nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. O órgão informa que “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de consistir em um “serviço público exclusivo da União”. Por meio de nota, o ministério informa que, se houver comprovação de prejuízos a qualquer participante, poderá ser configurado ilícito penal ou, “no mínimo”, lesão ao consumidor. 🚨🚨🚨 Youtuber do DF com 4 mi de seguidores é preso por lavagem de dinheiro@pcdf_oficial pediu o sequestro de carros de luxo, como Ferrari, Lamborghini e Mercedes, além de uma mansão de R$ 4 milhões Leia na coluna de @mirelle_ap e @carloscarone78: https://t.co/saLm1VfxEy pic.twitter.com/a7YUUG6piO — Metrópoles (@Metropoles) March 21, 2022 O outro lado O advogado de Klebim, Cleber Lopes, disse que “os áudios revelam exatamente que essa conduta não tem mais relevância penal, pois as pessoas participam das rifas de maneira voluntária e sem qualquer preconceito”. “Quanto à questão tributária isso será resolvido no âmbito istrativo”, afirmou. Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram. Receba notícias do Distrito Federal no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo. Basta ar o canal de notícias do Metrópoles DF. Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre o Distrito Federal por meio do WhatsApp do Metrópoles DF: (61) 9119-8884.", "keywords": "Rodoviária, golpe, PCDF, DRF, youtuber", "headline": "Áudios de youtuber Klebim vazam: “Pobre tem que roubar pra se dar bem”", "locationCreated": { "@type": "Place", "name": "Brasília, Distrito Federal, Brasil", "geo": { "@type": "GeoCoordinates", "latitude": "-15.7865938", "longitude": "-47.8870338" } } } ] }
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A coluna teve o a uma série de conversas vazadas em grupos de WhatsApp e que começaram a circular pelo Distrito Federal. Nos diálogos, o influenciador digital reclama dos tributos cobrados pela Receita Federal e que receberia “míseros” US$ 500 com visualizações no YouTube. Klebim foi preso no âmbito da operação Huracán, que desmantelou um esquema criminoso envolvendo rifas clandestinas e lavagem de dinheiro, e que rendeu milhões de reais ao influenciador.
Nos áudios, o youtuber comenta que sabia do perigo que corria em ser alvo das autoridades. “Mano, isso aí não tem jeito não véi, se denunciar e for pra Receita ou alguma coisa, vai dar merda, saca? Até mostrei isso aí hoje pra minha mãe e disse: se der merda tem que dizer a verdade ao advogado e tentar gastar o dinheiro. Porque, moço, não tem jeito de pobre ficar rico se não tiver fazendo nada de errado pro governo não, pô. Não tem jeito, quando eu soltei a rifa eu já sabia que era proibido”, disse.
Ouça conversas do youtuber:
Além dos personagens e vínculos já descobertos pela polícia no decorrer da investigação, a análise dos elementos colhidos após a prisão dos envolvidos mostrou uma engrenagem de lavagem de dinheiro altamente complexa, com atuação de um advogado e um contador, que garantiam o desbloqueio dos valores pagos pelas rifas.
Segundo as apurações da Divisão de Repressão a Roubos e Furtos (DRF), os valores são creditados em plataformas de pagamento, que percebem que as operações são atípicas e bloqueiam o dinheiro. Nesse momento, entram em cena um advogado e um contador, que, através de documentos de empresas de fachada e notas fiscais frias, conseguem o desbloqueio dos valores.
De acordo com as investigações, mesmo com a prisão temporária dos quatro primeiros investigados, a engrenagem das rifas ilegais no continuou funcionando. “A influência, articulação e engajamento da organização criminosa nas redes sociais e canais do YouTube, a pluralidade de sítios eletrônicos ainda em funcionamento e a complexidade das operações de lavagem, a DRF não visualizou outra medida apta a impedir que, soltos, voltassem a delinquir”, ponderou o diretor da DRF, delegado Fernando Cocito.
As apurações da Operação Huracán apontaram que o influenciador digital utilizava seus perfis nas redes sociais para promover e realizar sorteios de veículos de luxo, com sofisticados sistemas de som e customização. Klebim e outros três alvos foram presos temporariamente pelos crimes de lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar.
Apenas no Instagram, Klebim tem cinco perfis: o pessoal, com 1,7 milhão de seguidores; Estilo Dub (1,3 milhão); Guincho Dub (12,5 mil), Dub Shop (119 mil) e Dub House (332 mil). Ele ainda mantém um canal no YouTube com 1,27 milhão de inscritos. Já no TikTok, o número é de 1.207. O total de seguidores em todas as redes alcança a marca de 4,7 milhões.
Veja quem é o influencer Klebim Moraes:
De acordo com as investigações, os sorteios não são autorizados pelos órgãos competentes, e o youtuber não recolhe impostos. Klebim, de acordo com a polícia, lavava o dinheiro dos sorteios com a aquisição de veículos superesportivos, que são registrados em nome de laranjas – incluindo a mãe do influenciador – e empresas de fachada.
Além de Klebim, foram presos, acusados de integrar o esquema criminoso, Pedro Henrique Barroso Neiva, Vinícius Couto Farago e Alex Bruno da Silva Vale. Todos teriam ajudado a movimentar as rifas clandestinas e auxiliado na entrega dos veículos, por isso recebiam comissões em dinheiro pagas pelo influenciador digital.
A DRF identificou que o esquema era altamente lucrativo e apurou que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos. Para se ter ideia do poder de compra de Klebim, a polícia apreendeu uma Lamborghini Huracán e uma Ferrari 458 Spider. Os superesportivos são avaliados em R$ 3 milhões cada.
Veja carrões do youtuber:
A polícia mapeou o caminho dos milhões amealhados com a venda das rifas. Os valores eram pagos por meio de plataformas digitais, como Mercado Pago e PayPal, e caíam diretamente na conta das empresas de fachada.
De acordo com o diretor da DRF, Fernando Cocito, “o conluio criminoso era descarado” e capitaneado por influenciadores digitais que arrastavam milhares de seguidores, com o discurso de legalidade e lucratividade das rifas de veículos.
“Os presos influenciaram dezenas de outros contraventores que, em toda a Região Centro-Oeste do país, aram a disseminar perfis, canais e sítios eletrônicos de rifas ilegais e a ocultar valores oriundos da contravenção, em prejuízo da ordem econômica e do sistema financeiro”, afirmou.
A rifa clandestina é prática ilegal, de acordo com o Ministério da Economia, órgão responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no país. Segundo a pasta, ainda que o dinheiro da rifa sirva para bancar projetos de veículos – ou seja, total ou parcialmente direcionado para caridade –, a prática é considerada clandestina e irregular.
A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial; nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. O órgão informa que “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de consistir em um “serviço público exclusivo da União”.
Por meio de nota, o ministério informa que, se houver comprovação de prejuízos a qualquer participante, poderá ser configurado ilícito penal ou, “no mínimo”, lesão ao consumidor.
🚨🚨🚨 Youtuber do DF com 4 mi de seguidores é preso por lavagem de dinheiro@pcdf_oficial pediu o sequestro de carros de luxo, como Ferrari, Lamborghini e Mercedes, além de uma mansão de R$ 4 milhões
Leia na coluna de @mirelle_ap e @carloscarone78: https://t.co/saLm1VfxEy pic.twitter.com/a7YUUG6piO
— Metrópoles (@Metropoles) March 21, 2022
O advogado de Klebim, Cleber Lopes, disse que “os áudios revelam exatamente que essa conduta não tem mais relevância penal, pois as pessoas participam das rifas de maneira voluntária e sem qualquer preconceito”. “Quanto à questão tributária isso será resolvido no âmbito istrativo”, afirmou.
Quer ficar ligado em tudo o que rola no quadradinho? Siga o perfil do Metrópoles DF no Instagram.