Ladrões fazem arrastão em casas no Lago Sul. Veja vídeos
Segundo moradores, na madrugada de segunda-feira (10/1), pelo menos quatro casas foram invadidas. Crimes têm sido frequentes desde 2021
atualizado
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Moradores do Lago Sul estão enfrentando uma onda de furtos na região. Na madrugada de segunda-feira (10/1), criminosos fizeram um arrastão na QI 9 e invadiram, pelo menos, quatro residências, localizadas nos conjuntos 11, 12, 14 e 15.
O sistema de segurança da quadra flagrou as invasões. Um dos alvos foi a casa do jornalista Gilberto Amaral. “O meliante ignorou três grandes câmeras. Pulou o portão, entrou na cozinha gourmet, tentou entrar na casa, mas não conseguiu. Graças a Deus. Poderia ter sido muito pior”, contou Marcelo Amaral, ex- regional do Lago Sul e publicitário, filho de Gilberto.
Segundo Marcelo, desde o final de 2021, a vizinhança vem sofrendo com a escalada de furtos. “Invadiram a nossa casa em outubro do ano ado, além de outras residências. Roubaram até o cofre de uma lanchonete”, relatou. Por isso, o ex- da regional defende o reforço e a adoção de uma nova estratégia de segurança para a região istrativa.
“Confiamos e contamos com o apoio da polícia. Precisamos de uma estratégia mais permanente de segurança para a região, como um novo sistema de rondas”, sugeriu Marcelo. Gilberto Amaral tem a mesma avaliação feita pelo filho. “Acredito nas forças de segurança da capital do Brasil. Queremos um Lago Sul mais seguro”, afirmou o comunicador.
Nesta terça-feira (11/1), a família Amaral fez boletim de ocorrência na 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul) denunciando a nova invasão.
Outra vítima do arrastão de invasões, Bertha Pellegrino também prestou queixa. O invasor abriu um dos carros da família e levou pertences do filho dela.
“É a primeira vez que somos vítimas de furto. É uma sensação horrível, de sobressalto. É bem desagradável. E pelas conversas que tenho com vizinhos e outros moradores da região, esses furtos, essas invasões e os arrastões estão acontecendo com cada vez mais frequência aqui pelo Lago Sul. E é por isso que as pessoas precisam superar o medo e denunciar”, pontuou Bertha.
No final de 2021, o músico Digão também foi vítima da onda de furtos. A residência do artista, situada no Conjunto 20, foi invadida por um menor de idade. “Descobri que ele já foi detido umas noves vezes. Mas toda hora é solto e se acha intocável”, desabafou.
Digão vive há 45 anos na região. E, segundo o músico, o clima de insegurança é crescente. “A gente deu sorte. Tive um vizinho que foi assaltado. Foi feio mesmo. Transformaram a casa em uma fortaleza depois do crime. O bairro tem que ter um policiamento ostensivo. Uma hora pode vir alguém com má intenção e fazer uma grande besteira”, alertou.
Outro lado
A 10ª DP começou a investigar o arrastão de invasões ocorrido na madrugada de segunda-feira (10/1). O Metrópoles entrou em contato com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) sobre o policiamento no Lago Sul. Até a última atualização desta reportagem, a corporação não havia detalhado como foi o atendimento da ocorrência e como tem sido feito o patrulhamento ostensivo da região. O espaço permanece aberto para manifestações da instituição.
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informou que, “de janeiro a dezembro do ano ado, foram registradas 103 ocorrências de furto em residências em toda a região istrativa do Lago Sul. Em igual período de 2020, 89 registros da natureza criminal na região citada.”
A corporação reforçou que “realiza patrulhamento em todo o DF de maneira a evitar atos criminosos. Prova disso é que a corporação vem efetuando diversas prisões e apreensões em todas as RAs, envolvendo os mais diversos tipos de crimes. Com relação a furto ou roubo em residências, estes delitos se tratam de crimes de oportunidade, em que o criminoso visualiza alguma fragilidade do local e aproveita para cometer o delito.”
“Em caso de crimes de furto ou roubo em residências ou algo suspeito, a corporação reitera que é importante a atuação da população no sentido de acionar as equipes de policiais militares. O registro de ocorrências também é fundamental para investigação por parte da Polícia Civil do DF (PCDF).”