Iphan vai à CLDF fazer balanço dos estragos em ataques do dia 8/1
A Comissão trará novas informações do processo de restauração dos bens destruídos pelos bolsonaristas que atacaram a sede dos Três Poderes
atualizado
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A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) discute, nesta quinta-feira (16/2), os prejuízos causados pela ação de vândalos nas manifestações que ocorreram no dia 8 de janeiro. Com a presença de representantes de diversos órgãos de níveis distrital e federal, a Comissão Geral deve trazer novas informações do processo de restauração dos prédios públicos destruídos.
De iniciativa do deputado distrital Fábio Felix (PSol), o debate contará com a presença do presidente do Instituto do Património Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, representantes dos Três Poderes, o Instituto de Arquitetos do Brasil e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec).
“O cálculo dos danos ao patrimônio é fundamental para termos a dimensão material, além da política, da nocividade desses ataques. Esse debate também vai ajudar a pautar os trabalhos da I”, diz Felix.
Já o presidente do Iphan destaca que pretende apresentar mais detalhes do trabalho feito até o momento para revitalização dos prédios, monumentos e peças raras. “Apresentaremos o trabalho, detalhando nossa parceria com as instituições. Temos novas informações e trataremos sobre isso na Comissão”, afirma Grass.
Relatório preliminar já mostrava prejuízos
Técnicos do Iphan apresentaram no dia 12 de janeiro um relatório preliminar com o levantamento dos danos causados às sedes dos Três Poderes durante os atos de terrorismo.
O relatório trazia uma série de fotografias e detalhes sobre a ação dos criminosos no Congresso Nacional, Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e outros prédios que compõem o complexo da República. Além disso, apresenta propostas de ações de curto, médio e longo prazo para recuperação dos bens.
Durante a entregam, à época, Maurício Goulart, coordenador técnico da superintendência do Iphan no Distrito Federal, afirmou que a maioria dos danos identificados nos edifícios são reparáveis. “Troca de vidro, depredação de porta, arrombamento, danificaram os pisos, coisas que inclusive, já estão sendo recuperadas. A nossa leitura é que a maioria dos danos ao edifício é que são reparáveis”, afirmou.
Em relação aos bens móveis, como obras de arte, a recuperação será feita em duas etapas: de médio prazo, que demanda o mapeamento dos danos e a elaboração dos projetos para reforma; e de longo prazo, que abarca a execução dos projetos.
Durante os atos antidemocráticos, obras importantes, como o Relógio, de Balthazar Martinot, de valor inestimável; As Mulatas, de Di Cavalcanti, avaliada em R$ 8 milhões; e O Flautista, de Bruno Giorgi, de R$ 250 mil, foram alvo de vandalismo.
Veja a íntegra do relatório:
Vistoria Iphan by Daniela Santos on Scribd