Interdição de médica que matou o filho na Asa Sul é revogada pelo CRM-DF
O edital de revogação foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (16/11)
atualizado
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O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) obedeceu a decisão superior e divulgou a revogação da interdição cautelar aplicada contra Juliana de Pina Araújo, médica acusada de matar o filho, João Lucas de Pina Feitosa, 3 anos, em 27 de junho de 2018. O caso ocorreu no apartamento da família, na Asa Sul.
O edital de revogação foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) desta segunda-feira (16/11).
Após dois anos de proibição, Juliana de Pina pode voltar a exercer a medicina, por determinação de Sessão Ordinária do CRM-DF, realizada em 26 de outubro de 2020, em apreciação do Processo Ético Profissional nº 853/2018 da médica.
Ao Metrópoles, o CRM-DF informou que “as interdições são uma medida temporária até o julgamento definitivo. Não podemos manter a pessoa interditada indefinidamente. O julgamento dessa médica será em breve”, diz trecho do texto enviado à reportagem.
Veja a publicação:
Busca e apreensão
Em julho deste ano, a Justiça determinou busca e apreensão no Hospital de Base para a coleta do prontuário completo da médica Juliana de Pina Araújo.
A defesa buscava o ao documento, até então sem sucesso. Por isso, apresentou o pedido à Justiça.
Juliana está internada em uma instituição psiquiátrica desde o dia em que foi detida. O juiz negou a ela o direito de responder em liberdade e determinou que permaneça na clínica até o julgamento.
Tragédia
O crime ocorreu por volta das 17h40 de uma quarta-feira, na 210 Sul, no quarto andar do Bloco J. A criança chegou a ser levada ao Hospital Materno Infantil (Hmib), mas os médicos não conseguiram salvá-la.
Ao lado do filho da servidora, havia uma mamadeira e remédios de uso controlado.
Segundo o porteiro do bloco contou à polícia, Juliana teria descido do apartamento e dito que tinha matado o próprio filho e tentado tirar a própria vida.
Mãe e filho foram levados ao hospital pelo funcionário e por um morador do prédio, no carro da médica.