Homem preso por ameaça em ministério tinha bomba artesanal com pólvora
Flávio Pacheco da Silva foi preso após ameaçar explodir bomba no Ministério do Desenvolvimento Social. Artefato tinha potencial explosivo
atualizado
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O homem que ameaçou explodir uma bomba no Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), na tarde desta quinta-feira (22/5), de fato carregava um artefato explosivo. O indivíduo portava duas bombas artesanais, e uma delas tinha concentração de pólvora. Além dos explosivos caseiros, Flávio carregava consigo 20 bombinhas, do tipo “cabeção”, usadas comumente em festas juninas.
Após o homem ser contido e preso, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) desativou as bombas caseiras. A primeira delas não continha pólvora; só a segunda apresentou potencial explosivo.
Veja os vídeos da desativação:
O homem foi identificado como Flávio Pacheco da Silva. Ele estava com a companheira, grávida, e as duas filhas. Antes das 16h, ele chegou a estalar uma bombinha no chão, causando barulho de explosão e levando os ocupantes do prédio a acionarem a polícia.
Cerca de uma hora depois, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) conteve o rapaz. “Depois que ele foi contido, a PM fez a busca na mochila que ele estava carregando e encontrou essas 20 bombinhas”, afirma a PMDF.
“A gente utilizou o tiro disruptivo em um [um dos explosivos caseiros] e desmantelou, tudo ok. Mas, no segundo, detonou. Ou seja, tinha uma concentração de pólvora”, diz a PM. “Fumaça branca é indicativo de pólvora”, explicou o porta-voz da corporação, major Raphael Broocke.
O que aconteceu
- Pouco antes das 16h, a PMDF foi acionada para averiguar suspeita de bomba no Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) após trabalhadores relatarem ter ouvido uma explosão do lado de fora. Deu-se início, então, à Operação Petardo.
- Às 16h20, a PMDF confirmou que o homem tinha um pacote suspeito e recusava-se a se afastar do local, levantando indícios de potencial ameaça.
- Com a chegada do esquadrão antibombas, áreas dos prédios foram isoladas, e servidores foram orientados a se afastar.
- O suspeito falava que queria entrar no Ministério porque teria tido algum processo negado.
- O rapaz estava com a esposa e as duas filhas, segurando uma delas no colo.
- O irmão dele também estava presente. Ele disse que o homem teria a prática de “jogar” esse tipo de artefato na rua em que mora. “Ele jogou a bomba [na área externa do ministério], e eu saí do lugar. Ele tá com bombinhas. Ele solta bomba no meio da rua o dia inteiro”, disse.
- Por volta das 17h, ele foi contido e levado ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) com a família. Depois, conduzido à sede da Polícia Civil (PCDF) para prestar depoimento.
Esposa grávida
O Metrópoles apurou junto à PMDF que a esposa de Flávio seguirá internada no Hran. Ela está gestante e precisou de atendimento médico. Familiares foram alertados. Quanto às crianças, elas serão atendidas por assistentes sociais.