DF: casal usava programa para fraudar contas de clientes de bancos
Homem e ex-namorada foram presos pela Polícia Civil do DF. Eles são acusados de fazer parte de grupo criminoso que aplica golpes
atualizado
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Investigadores da Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais (DRCC) prenderam, nessa segunda-feira (22/07/2019), um homem e uma mulher acusados de integrar grupo criminoso especializado em desenvolvimento e venda de softwares usados para capturar dados bancários. As prisões ocorreram nos estados de São Paulo e Bahia.
De acordo com a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem de 46 anos, identificado como F.R.F., foi localizado e preso em Sorocaba (SP), após utilizar a conta de sua ex-namorada para receber recursos provenientes de fraudes bancárias e outros crimes de estelionato.
A PCDF acredita que o suspeito também seria o responsável por comercializar malwares desenvolvidos para infectar modens/roteadores e capturar senhas de usuários do Internet Banking, além de utilizar o referido programa para obter dados bancários, posteriormente usados para invadir contas e subtrair valores depositados.
A ex-namorada também é suspeita de ter participado e, por isso, foi presa pela polícia na Bahia. Os investigadores não revelaram em qual cidade ocorreu sua deteção.
Divulgação no YouTube
Ainda nessa segunda (22/07/2019), investigadores da DRCC deflagraram operação para prender um hacker que faz parte do mesmo grupo criminoso. Segundo a divisão, cabia a Ramon Moraes da Silva, 19 anos, desenvolver os softwares usados para capturar dados bancários.
A PCDF informou que o programa feito por Ramon tinha capacidade de infectar modens e roteadores – o que possibilitava a captura de senhas de usuários que usam o Internet Banking. O primeiro alvo da ação, preso na cidade de Juiz de Fora (MG), havia criado páginas no YouTube para mostrar como o programa funcionava e, assim, vendê-lo para quem tinha interesse em cometer fraudes bancárias.
De acordo com as investigações, a DRCC tomou conhecimento do crime ainda em 2017, por meio do chamado malware – nome dado aos programas que infectam sistemas e possibilitam crimes virtuais –, e deu início às apurações.
Com o programa em pleno funcionamento, os autores tinham facilidade para subtrair valores depositados em contas bancárias. O objetivo do vídeo divulgado no YouTube seria comercializar o malware denominado KL DNS. Até a polícia identificar e prender o hacker criador do método fraudulento, o vídeo sobre a utilização do software já havia sido visualizado 13.672 vezes.
Policiais da DRCC seguem à procura de outros criminosos que estariam adquirindo o programa para cometer crimes de fraude bancária. Com base no monitoramento feito contra o hacker, os agentes identificaram que ele trocava informações relacionadas a esse ilícito com outros investigados, cujos nomes estão sendo mantidos em sigilo.