Congresso aborda empreendedorismo e inovação no ambiente digital
sobre empreendedorismo e a inovação para transformação digital no Brasil foi um dos destaques do Congresso de Cidadania Digital
atualizado
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O Congresso da Cidadania Digital de 2024 teve início nessa segunda-feira (16/9), em Brasília. O evento tem o objetivo de aprofundar as discussões sobre a implementação eficaz da cidadania a partir da transformação do sistema de identificação brasileiro.
A conferência é organizada pela Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação Digital (Abrid) e conta com o apoio do Ministério da Gestão. O evento ocorre nos dias 16, 17 e 18 de setembro, no Royal Tulip Brasília Alvorada.
O encontro destaca os avanços na implementação da Carteira de Identidade Nacional (CIN) e a importância da identidade digital para o exercício da cidadania. Ao longo dos três dias de programação, o congresso possibilitará a emissão do documento para 300 pessoas.
Os participantes poderão conhecer, ainda, a aplicação da CIN em locais como maternidade, postos de saúde, bancos, escola e comércio. O congresso também dispõe de um espaço para os participantes aprenderem sobre a história da biometria no Brasil, além de um estande do GOV.BR.
Na abertura do evento, realizada na noite dessa segunda-feira, a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, destacou que a CIN é uma forma de cuidado com a população brasileira.
“Pela primeira vez, as pessoas poderão contar com um documento único, integrando o físico e o digital, em todo o Brasil, com dados biométricos cadastrados e armazenados de forma segura, e com a possibilidade de poderem se identificar sempre que precisarem do poder público. E terem seus pleitos atendidos de forma muito mais rápida graças a todas as outras frentes do Governo Digital”, disse Dweck.
Durante sua fala, Dweck também celebrou a criação do Dia Nacional da Identificação. A nova lei foi sancionada hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ainda será publicada no Diário Oficial da União.
Um dos palestrantes foi o coordenador-geral de Identificação Civil da Secretaria de Governo Digital, Eduardo Lacerda, que vem destacando o recorde do governo federal ao ultraar a marca de 10 milhões de CINs emitidas. “Um esforço magnífico de um conjunto de entidades do Governo Federal que, juntas com as unidades federativas, resolveram acabar com uma das mazelas mais significativas desse país: a falta de uma identificação única”, avalia Lacerda.
Para o coordenador-geral, a identidade única é “um projeto de segurança pública e social e um pilar econômico de um país”. “[A CIN] reduz drasticamente os custos operacionais, automatiza processos, desburocratiza a vida das pessoas, implode fraudes, inclui cidadãos, abre uma nova classe de serviços e muito mais”, afirma.
Painéis
A edição também apresentou painéis sobre temas como Infraestrutura Pública Digital (IPD), Infraestrutura Nacional de Dados (IND), Identificação Neonatal e Infantil (como uma forma de promover segurança para as crianças brasileiras) e eletrônica.
O sobre empreendedorismo e a inovação para transformação digital no Brasil foi um dos destaques desta terça-feira (17/9). O debate mediado pelo CEO da Valid, Ilson Bressan, contou com a participação da CEO do Metrópoles, Lilian Tahan, e do presidente do Conselho Executivo Esfera Brasil, João Camargo.
Durante a conversa, Bressan destacou que o Metrópoles é um grande exemplo do empreendimento aliado à inovação, o que tornou o portal de notícias um veículo de mídia diferenciado. Lilian, no início da sua participação, falou um pouco da mentalidade do site.
“O nosso veículo é 100% digital e de graça, e isso ajudou no espalhamento do conteúdo. O diferencial do Metrópoles é que sempre enxergamos as redes sociais como aliadas. Diferentemente de alguns veículos ditos como tradicionais, nunca elegemos ou fizemos reserva de conteúdo e de mercado. A gente precisa estar com o nosso conteúdo completo onde as pessoas desejam ler, seja ele no site, Instagram, Facebook ou Tiktok. Isso fez com que o Metrópoles alcançasse um público cada vez maior”, explicou a CEO do portal.
Ilson Bressan, em seguida, abordou a transformação digital tanto no setor privado quanto no setor público. Ele destacou que, enquanto o setor privado, como o bancário e o de entretenimento, já se digitalizou amplamente, o setor público está começando a ar por essa transformação.
João Camargo, por sua vez, avaliou que, no caso dos serviços do setor público, a confiança ainda não foi estabelecida por parte da sociedade. “Com a nova digitalização, a gente está acabando o que o Brasil tinha de mais arcaico. Mas não existe inovação sem vir do setor privado. E, também, não existe incentivo sem o setor público”, analisou.
Lilian ainda lembrou que, inicialmente, a mídia digital foi desacreditada, mas, agora, é amplamente aceita. “Quando os primeiros veículos de notícias digitais surgiram, muitos duvidavam de sua credibilidade. Hoje, essa desconfiança foi substituída pela informação sendo consumida rapidamente através de dispositivos móveis, sem a necessidade de esperar por uma transmissão televisiva”.
O presidente do Conselho Executivo Esfera Brasil complementou que, com uma abordagem equilibrada e focada na sustentabilidade e inovação, o país pode não apenas melhorar a qualidade dos serviços oferecidos à população, mas também fortalecer sua posição no mercado digital global.
