Paquera ou assédio: saiba os limites de um flerte saudável no Carnaval
A combinação entre festas, bebida e multidão aumenta casos de assédio verbal e sexual no Carnaval; veja os limites de uma paquera saudável
atualizado
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O Carnaval está chegando e, enquanto algumas pessoas se preparam comprando fantasia e glitter para curtir os bloquinhos, há outras preocupações que am na cabeça das mulheres: o assédio. Pensando nisso, a Pouca Vergonha preparou um guia de como chegar naquela paquera sem ser invasivo e ar dos limites.
A primeira regra é a mais clara possível: não é não! A psicóloga Juliana Gebrim destaca que o ponto de partida é sempre respeitar os limites do outro. “No Carnaval, em especial, as interações são mais frequentes e descontraídas, mas isso não significa que qualquer abordagem seja bem-vinda. Aceite o ‘não’ sem insistência. Isso demonstra maturidade emocional e respeito”, reforça.
A profissional acrescenta que a melhor forma de se aproximar de alguém sem ser invasivo é agir com naturalidade e gentileza. “Você pode começar com um sorriso, um olhar ou puxando uma conversa leve.”

Contato físico
O que não pode
Na hora da paquera, o ideal, quando você não conhece a outra pessoa, é não tocá-la, a não ser que ela tenha autorizado. Por isso, nada de puxar o cabelo, segurar no braço, na cintura ou chegar beijando. No último caso, a situação pode ser considerada assédio.
O que pode
Vale cutucar o ombro e chamar para a conversa, oferecer glitter, soltar bolhinhas de sabão e perguntar se a pessoa quer dançar, para citar alguns exemplos.
Elogios
O que não pode
O que não vale é usar palavras vulgares e agressivas para constranger a paquera na tentativa de criar um clima.
O que pode
Na hora de chegar no crush, elogiar é uma boa ideia. Vale falar da roupa, do cabelo, da fantasia, da maquiagem e até de como a pessoa está dançando/sambando no bloquinho.
De olho nos sinais
Juliana também acrescenta que é necessário perceber os sinais com bom senso. “Fique atento aos sinais! Se a pessoa desviar o olhar, se afastar ou não se interessar na conversa, fique atento, porque pode ser um indicativo de que não está interessada (o).”
“É importante aceitar o não! Carnaval é festa, e o clima deve ser leve. Se a pessoa não quiser, siga para outra paquera sem pressão”, reforça.
Carnaval também tem espaço para romance
Dito isso e respeitando o espaço do outro, o Carnaval é uma ótima época para conhecer pessoas e se relacionar.
De acordo com uma pesquisa do aplicativo de relacionamento Bumble, quase metade (49%) dos solteiros da geração Z concorda que se empolgar com algo junto com alguém é uma forma de intimidade.
“Muitos casais começaram uma história de amor nesta festa e muitas amizades também. Então, curta sem expectativas exageradas e deixe as coisas fluírem naturalmente. Se tudo começar bem e estiver certo, a paquera pode ser divertida e até resultar em um relacionamento mais duradouro. Nunca se esqueça! O mais importante é garantir que todos se sintam confortáveis e respeitados!”, destaca a profissional.