Eleição de Alcolumbre pressiona Marina Silva para liberar petróleo
Davi Alcolumbre, junto com a bancada do Amapá, pressiona Marina Silva pela liberação da exploração de petróleo, sob pretexto de mais emprego
atualizado
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A eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) como presidente do Senado aumentará a pressão sobre a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para a liberação da exploração de petróleo na região conhecida como Margem Equatorial, na bacia da foz do Rio Amazonas. Irmão do novo chefe da Casa, o senador suplente Josiel Alcolumbre (União-AP) afirmou que esse tema será retomado com a nova gestão à frente do Congresso.
“O chefe de um Poder brasileiro que terá condição e legitimidade de seus pares para demonstrar a importância [da exploração] não apenas para o Amapá. Em oito anos, o Brasil ará de produtor para importador de petróleo, que será usado por mais 100 anos. O Amapá é o único estado carbono negativo no Brasil. Porque não explorar? Ao não permitir, quem preserva fica miserável e quem não preserva fica rico. Com a eleição de Davi, essas informações chegarão com mais força ao poder central brasileiro”, afirmou.
O poço de petróleo foi descoberto a 540km da Foz do Amazonas. Ele ou a ser tratado pela bancada do Amapá como uma espécie de “redenção econômica” para o Brasil e, consequentemente, para o Amapá. O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), deixou a Rede em meio a divergências com Marina Silva.
Alcolumbre foi eleito presidente do Senado neste sábado (1/2), com votação recorde (72 de 81) em eleições com disputa. Ele derrotou os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e o Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). Para Josiel, a votação vai empoderar a bancada do Amapá para investir contra as restrições ambientais à exploração.
A Margem Equatorial do Brasil fica entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte. De acordo com a Petrobras, ela “apresenta um importante potencial petrolífero e conta com uma série de oportunidades para melhorar a vida de milhares de brasileiros. Existe a possibilidade de gerar empregos, aumentar a arrecadação e participar de um desenvolvimento regional e nacional”.
O Plano Estratégico 2050 e Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras prevê um investimento de US$ 3 bilhões na Margem Equatorial em cinco anos. Nesse planejamento conta com a perfuração de 15 poços. “Isso nos permitirá contribuir com o atendimento à demanda crescente por energia a partir de uma produção realizada com investimentos tecnológicos que garantem segurança operacional e cuidado ambiental”, afirmou a empresa.
Em maio de 2023, o Ibama negou o pedido da Petrobras para a exploração, alegando que o plano de proteção à fauna apresentado tinha “deficiências” sobre o protocolo de emergência para casos de vazamento de óleo no mar.