PF encontra dólares em cofre de secretário investigado na Overclean
Barral é o servidor afastado por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da terceira fase da Operação Overclean, da PF
atualizado
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Durante o cumprimento de mandado judicial na residência de Bruno Oitaven Barral, atual (e agora afastado) Secretário de Educação de Belo Horizonte, a Polícia Federal apreendeu maços de dólares e euros, joias e relógios de alto valor, todos guardados em um cofre. O valor total apreendido ainda não foi divulgado oficialmente pela PF.
Barral é o servidor afastado por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da terceira fase da Operação Overclean, deflagrada nesta quinta-feira (3/4) pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União (CGU). A ofensiva mira uma organização criminosa responsável por um esquema bilionário de fraudes em licitações, corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos.
A nomeação de Bruno Barral para a pasta da Educação em Belo Horizonte ocorreu em abril de 2024, com forte apoio político de ACM Neto (União Brasil) e do consultor Marcos Moura, conhecido como o “Rei do Lixo”. Este último é apontado como um dos principais articuladores do esquema, que teria movimentado mais de R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos, muitos deles vinculados a obras superfaturadas e serviços urbanos, especialmente de coleta de lixo.
Segundo a Polícia Federal, o grupo atuava inicialmente a partir da Coordenadoria Estadual da Bahia do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), mas expandiu sua influência para diversas estruturas públicas em cidades como Salvador, São Paulo, Aracaju e Belo Horizonte.
A apuração indica que parte do esquema envolvia o direcionamento de verbas oriundas de emendas parlamentares e convênios federais para empresas ligadas a aliados políticos.
