Dentista receitou bochecho a paciente que morreu com infecção bucal
Paciente morreu após infecção decorrente de procedimento de raspagem. Em contato com a clínica, ela foi orientada a fazer bochecho
atualizado
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A família de Kamila Costa Quadra (foto em destaque), que morreu após complicações decorrentes de um procedimento dentário na cidade da Serra (ES), detalhou que a vítima, após perceber piora do seu estado de saúde, foi orientada pela dentista da clínica apenas a usar uma medicação e a fazer bochechos.
Kamila, de 35 anos, chegou a comentar com a profissional responsável pela raspagem sobre os sintomas apresentados, mas ouviu como resposta que o quadro não tinha qualquer relação com o procedimento feito.
Entenda o caso
Em 5 de fevereiro, Kamila ou por uma raspagem na gengiva. Posteriormente, porém, ela teve infecção generalizada e não resistiu. A paciente morreu na última sexta-feira (7/3).
A paciente havia quebrado um dente enquanto comia e precisou ar por procedimento para aumento da coroa do dente, o que exigiu raspagem na gengiva.
A clínica não receitou qualquer medicação pós-procedimento, e, nos dias seguintes, Kamila começou a sentir dores intensas na boca e a apresentar inchaço no rosto.
Em contato com a clínica para relatar sobre o quadro de saúde, a vítima recebeu apenas um áudio, com a orientação de que deveria procurar um cirurgião bucomaxilofacial.
Kamila procurou o profissional indicado pela clínica. Ele verificou que o quadro era grave e orientou a paciente a procurar uma unidade de saúde com urgência.
Veja imagens da paciente:
Infecção grave e negligência
A paciente foi quatro vezes a uma unidade de pronto-atendimento (UPA), recebeu apenas analgésicos e foi liberada. Apenas na última vez em que se dirigiu ao local, depois de a mãe dela insistir para que Kamila fosse internada, os médicos pediram exames detalhados.
Após a confirmação da infecção grave, ela foi transferida, em 19 de fevereiro, para o Hospital Estadual Dório Silva, onde ficou internada por 16 dias.
Em 21 de fevereiro, Kamila ou por uma cirurgia na boca, mas o quadro não melhorou. A infecção continuou a se espalhar pelo corpo dela, afetou o sistema respiratório da paciente, provocou pneumonia severa e, nos últimos dias de internação, deixou a vítima com 75% do pulmão comprometido.
Kamila teve de ser intubada, mas, na sexta-feira (7/3), sofreu parada cardiorrespiratória e não resistiu. A causa da morte foi choque séptico, segundo o laudo, resultado da infecção generalizada. Agora, a família exige explicações por parte da clínica odontológica e das demais unidades de saúde por onde a vítima ou.