Casal é preso em aeroporto com Mounjaro escondido em garrafa de whisky
As canetas, usadas clandestinamente para emagrecer, foram encontradas durante fiscalização de rotina. A prisão ocorreu em Minas Gerais
atualizado
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Um casal de brasileiros, que reside na Inglaterra, foi preso em flagrante, na madrugada desta quinta-feira (24/4), no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins (MG), após ser flagrado escondendo 48 canetas de Mounjaro — remédio indicado para o tratamento da diabetes tipo 2 usado clandestinamente para o emagrecimento — dentro de garrafas de whisky.
A ação da Polícia Federal, em conjunto a Receita Federal, ocorreu porque as canetas são consideradas mercadoria sujeita à vigilância sanitária com uso regulamentado e controle de entrada no país.
As canetas foram encontradas durante uma fiscalização de rotina com o casal, que desembarcou de um voo vindo da Europa. As canetas estavam escondidas entre garrafas de whisky nas bagagens dos ageiros, numa tentativa de burlar a fiscalização.
A PF declarou que a tentativa de ocultar o medicamento Monjauro entre bebidas alcoólicas representa grave risco à saúde pública. Isso porque o transporte inadequado compromete a conservação dos fármacos, que exigem condições específicas de temperatura e armazenamento.” O uso de medicamentos fora dessas condições pode causar efeitos adversos severos à saúde.”
As canetas apreendidas contêm substâncias originalmente desenvolvidas para o tratamento de diabetes tipo 2, mas que vêm sendo utilizadas de forma indevida para emagrecimento rápido.
Quando usadas sem prescrição e acompanhamento médico, essas medicações podem provocar efeitos colaterais como náuseas, vômitos, pancreatite, problemas na vesícula biliar, hipoglicemia, perda de massa muscular e impactos psicológicos. Casos mais graves envolvem alterações renais e reações alérgicas severas.
Os suspeitos foram conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais, onde foi lavrado o auto de prisão em flagrante e arbitrada fiança. Os medicamentos foram apreendidos e encaminhados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para análise e providências cabíveis.
