Presença negra aumenta 4% nas propagandas em redes sociais no Brasil
Estudo da SA365 em parceria com a consultoria Elife mostra como os negros são representados pelos principais anunciantes do país
atualizado
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A representação negra nas publicidades do Brasil foi maior em 2020. É o que mostra o estudo “Diversidade na Comunicação de Marcas em Redes Sociais”, da Agência SA365 e da consultoria Elife, publicado em 31 de agosto. A presença desse público aumentou 4 pontos em relação ao ano anterior, ando de 34% para 38%. Em números absolutos, trata-se de 726 publicações, de uma amostra de 1.902 posts – entre Instagram e Facebook -, de 50 marcas.
Os segmentos com maior participação dos negros foram o financeiro, o de bebidas não alcoólicas e o de varejo. Em relação ao gênero nesse grupo, o estudo mostra um equilíbrio, sendo 55% negras, que se destacam nas publicações relacionadas aos produtos para cabelos e maquiagem, e 46% negros.
Apesar de ter sido o único grupo que cresceu de um ano para o outro, o estudo conclui que a população negra é subrepresentada na comunicação quando comparada à média do povo brasileiro. Mais da metade (56%), segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE, se declara negro no Brasil. Isso significa, em média, 19,2 milhões de pretos e 89,7 milhões de pardos.
Além disso, levantamento do Instituto Locomotiva, de 2018, aponta que a população negra tem um grande potencial econômico e movimenta mais de 1 trilhão de reais ao ano consumindo e empreendendo.
Outros nove grupos foram estudados: mulheres, homens, brancos, gordos, idosos, deficientes físicos (PCDs), amarelos, indígenas e LGBTQIA+. A maioria aparece em menor quantidade do que a representatividade no país.