Prada busca ampliar domínio italiano em possível compra da Versace
Com as notícias da possível venda da Versace para o grupo Prada, levantou-se a hipótese de a gigante italiana ser oposição ao francês LVMH
atualizado
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O grupo Prada, detentor de etiquetas de moda como a própria Prada e a Miu Miu, tem sido apontado como o possível comprador da Versace. A possibilidade levantada pela agência Bloomberg evidencia uma negociação com valor aproximado de 1,5 bilhão de euros entre os conglomerados de luxo.
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Os interesses da Prada na Versace
Conforme a imprensa internacional, a icônica marca fundada por Gianni Versace em 1978 está sendo vendida pela Capri Holdigns, dona de etiquetas como Jimmy Choo e Michael Kors. A marca conhecida pela logo da Medusa foi adquirida pelo conglomerado norte-americano em 2018, após complicações relacionadas ao controle familiar sobre a marca.
No final de 2024, circularam rumores sobre a Capri estar em busca de compradores para a Versace, que, agora, inserem o grupo Prada como o de maior interesse. A motivação do conglomerado italiano seria por uma fatia maior do mercado estadunidense, onde a grife é amplamente difundida, ao contrário de Prada e Miu Miu, que são focadas no público europeu.


Desde que integrada a Capri Holding, a marca da Medusa tem refletido a influência dos Estados Unidos na etiqueta, o que a distancia das coleções maximalistas de Gianni.
Donatella Versace, irmã do fundador, atua como diretora criativa da label desde a sua morte, em 1997, e especula-se que o ano de 2025 marque sua saída da grife.
Na recente coleção de outono/inverno 2025, apresentada no Milano Fashion Week, em 28 de fevereiro, as peças tiveram clara referência do estilo western, que está em alta nos EUA. Apesar de manter o distanciamento da influência italiana, a coleção foi bem avaliada por incorporar o preto como sobriedade às estampas douradas e vibrantes.
Caso concretizada, além de retomar o controle italiano para a grife, a compra da Versace pelo conglomerado detentor de duas das etiquetas mais relevantes do momento pode formar o maior grupo italiano de moda já visto. Este seria um dos possíveis concorrentes ao LVMH, grupo de luxo francês comandado pela Louis Vuitton.


O novo rumo da Capri Holdings
Após o cancelamento da fusão com a Tapestry — rede de moda dona de marcas como Coach e Kate Spade NY —, os próximos os da Capri ficaram incertos. O consórcio foi bloqueado pela Federal Trade Commission (FTC – Comissão Federal de Comércio, em tradução livre), sob o argumento de que a junção formaria um monopólio no mercado de bolsas de luxo ível.
Segundo o FTC, os conglomerados são concorrentes e o ato de uni-los criaria uma dependência mercadológica de uma única empresa que, por sua vez, limitaria o surgimento de novos empreendimentos. Tapestry e Capri não recorreram após a decisão do Distrito Sul de Nova York, e anunciaram o encerramento da fusão em novembro de 2024.
Para o futuro, está sendo apontado que a Capri Holdings deve voltar a manter o foco apenas na Michael Kors, tendo em vista que o grupo antes se chamava Michael Kors Holdings Limited. Somando aos boatos, a Jimmy Choo, outra integrante do grupo, estaria sendo cotada para venda, o que corrobora com a narrativa.

Por fim, se finalizada a aquisição da Versace pela Prada, a moda italiana poderá retornar aos tempos áureos e rivalizar com outros grupos, para além da Europa. As negociações estão em andamento e Capri e Tapestry ainda não revelaram interesses em uma possível segunda tentativa da fusão.
Relembre, abaixo, como foi o desfile de outono/inverno 2025 da Versace: