Com nova estética, marca Bôh renova portfólio e foca no público jovem
Conhecida pelo DNA minimalista, a etiqueta brasiliense modificou o visual para alcançar novos clientes. Veja o que mudou
atualizado
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Para muitos estilistas, o tempo de isolamento social foi um período para tirar ideias do papel e dar vida a projetos engavetados. Para outros, com marcas já consolidadas, foi necessário se reinventar para continuar existindo. Foi o caso da Bôh, marca brasiliense que é referência em moda minimalista. Fundada por Nila Ataídes, a etiqueta agora vive uma nova fase, com mudanças não somente no quadro de sócios como também nos produtos, que abrangem mais cores e modelagens atuais. A série Moda Brasília, nesta terça-feira (29/3), relembra a trajetória da marca.
Vem ver!
Feita em Brasília
Criada em 2016, a Bôh nasceu com um propósito claro: enfatizar o design atemporal por meio de peças sustentáveis. No início, os itens eram vendidos na internet, até ocuparem as araras de lojas colaborativas. Um ano depois, o primeiro ponto físico foi aberto, com portfólio que englobava marcas autorais de Brasília e outros estados.
Em março de 2020, tudo começou a mudar. Com as primeiras medidas de isolamento social, Nila Ataídes, idealizadora da marca, resolveu fechar o espaço e migrar as vendas para o digital. E assim a Bôh deu os primeiros os rumo ao atual momento. Antes focada em um público local, a empresa brasiliense começou a desbravar o caminho nacionalmente, sendo consumida por clientes de outros estados do país.
“Foi uma fase de profundo estudo. Rapidamente, o público começou a mudar e eu quis entender com quem estávamos nos conectando, para quem estávamos vendendo. Em Brasília, nossa persona estava muito bem delimitada e queria compreender quem eram as nossas mulheres que estavam interessadas na marca”, conta Nila.
A transformação foi além. No fim de 2021, com a entrada de novos sócios, a etiqueta quis repaginar o estilo. Com foco no público jovem, as peças ganharam frescor: paleta de cores renovada, aviamentos modernos e estética conceitual nas campanhas. O resultado? Uma Bôh mais moderna, jovial e marcante.





ado conectado com o futuro
Mantendo a essência versátil, a Bôh agora adota uma apresentação que reflete as mudanças dos últimos anos. “Por algum tempo, a marca parou de inovar. Por isso, digo que esse tempo mais afastada foi tão importante para rever os nossos planos a médio e longo prazo. Eu não queria que nos identificassem apenas pelos tons terrosos da nossa paleta”, confessa Nila Ataídes.
Com toque repaginado, a marca traz peças que foram sucesso no ado: quimonos e calças fluidas, vestidos e saias pareôs — carro-chefe da etiqueta. O destaque fica por conta dos detalhes especiais, como recortes esculturais, pedrarias delicadas e alças que permitem diferentes amarrações. O clássico marrom ganha novos “amigos” no portfólio, como verde, azul e vermelho.
As mudanças também alcançaram a estética visual. Saindo do lugar-comum, a última campanha lançada, batizada de Bôhteco, apresenta os novos itens de forma conceitual, como um filme. “A fotografia reflete a inovação que buscamos. Ainda estamos em fase de teste, mas desde já queremos nos arriscar mais, ousar mais na forma como apresentamos os nossos produtos. Tudo o que temos feito aponta para um caminho: modernidade”, afirma Letícia Vieira, sócia da marca.





Moda Brasília
A coluna Ilca Maria Estevão deu início à série Moda Brasília em 2021. Toda semana, apresentamos marcas, designers e etiquetas locais, a fim de dar ênfase à moda criada no Distrito Federal e no Centro-Oeste.
O objetivo é apresentar iniciativas e empresas que atuam em prol da cadeia produtiva regional de maneira criativa, sustentável e inovadora. Os nomes são selecionados de forma independente pela equipe da coluna, a partir de critérios como diferencial de mercado, pioneirismo e ações que valorizem a comunidade.
Para outras dicas e novidades sobre o mundo da moda, siga @colunailcamariaestevao no Instagram. Até a próxima!
Colaborou Marcella Freitas