Os contatos da diplomacia de Lula com o governo Trump
Diplomatas brasileiros já iniciaram contatos com integrantes da gestão Donald Trump, recém empossado 47º presidente dos Estados Unidos
atualizado
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Integrantes da diplomacia brasileira já iniciaram, nos bastidores, contatos com o time de Donald Trump, que tomou posse, na segunda-feira (20/1), como 47º presidente dos Estados Unidos.
Segundo apurou a coluna, os contatos iniciaram ainda durante a fase de transição entre as gestões Biden e Trump e foram feitos por meio de membros da embaixada do Brasil em Washington.
O próximo o, dizem fontes do governo brasileiro, deve ser um contato entre o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, e o secretário de Estado escolhido por Trump, o senador republicano Marco Rubio.
A expectativa no Itamaraty é de que a relação entre Mauro Vieira e Rubio comece a ser estabelecida após o Senado americano aprovar a indicação do republicano para o posto de secretário de Estado.
Diplomatas brasileiros ressaltam que Rubio manteve um perfil mais discreto durante toda o período de transição e que só deverá ter contatos mais diretos com outros países após ser aprovado pelo Senado.
O cumprimento de Lula a Trump
Na segunda, Lula cumprimentou Trump oficialmente pela posse. Em uma publicação nas redes sociais, o petista falou sobre as relações entre os dois países e manifestou o desejo de “seguir avançando em parcerias”.
“Em nome do governo brasileiro, cumprimento o presidente Donald Trump pela sua posse. As relações entre o Brasil e os EUA são marcadas por uma trajetória de cooperação, fundamentada no respeito mútuo e em uma amizade histórica. Nossos países nutrem fortes laços em diversas áreas, como o comércio, a ciência, a educação e a cultura”, escreveu Lula.
O presidente brasileiro não foi convidado para a posse, como é de praxe nesses tipos de evento nos Estados Unidos. O Brasil, como a coluna antecipou em dezembro, foi representado pela embaixadora Maria Luiza Ribeiro Viotti.
Horas antes da posse de Trump, Lula falou sobre o futuro das relações com os Estados Unidos em discurso na reunião ministerial. O petista disse não querer “briga” e desejou uma istração “profícua” ao republicano.
“Tem gente que fala que a eleição do Trump pode causar problema na democracia mundial. O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos, e eu, como presidente do Brasil, torço para que ele faça uma gestão profícua, para que o americano melhore e para que os americanos continuem a ser parceiros históricos do Brasil”, declarou o petista.