Nova operação da PF vira tema da reunião de líderes da Câmara
Operação da PF que investiga suposto desvio de emendas parlamentares foi citada na reunião de líderes da Câmara na quinta-feira (13/2)
atualizado
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Intitulada “EmendaFest”, a nova operação da Polícia Federal (PG) deflagrada mais cedo virou um dos temas da reunião do colégio de líderes da Câmara dos Deputados nesta quinta-feira (13/2)
A operação, que investiga suposto desvio de emendas parlamentares destinadas ao Hospital Ana Nery, em Santa Cruz do Sul (RS), teve um assessor do deputado Afonso Motta (PDT-RS) entre os alvos.
Segundo relatos, coube ao líder do Novo na Casa, Marcel Van Hattem (RS), citar a operação contra o assessor de seu adversário político no Rio Grande do Sul. Os demais líderes, porém, não deram continuidade ao tema.
“Só o Marcel Van Hattem que falou que tínhamos de tratar do que aconteceu no Sul. Eu não senti que ele tivesse falado nada que tivesse que refutar”, disse à coluna o líder do PDT, Mário Heringer (MG), que estava presente na reunião.
Na avaliação de caciques da Câmara ouvidos pela coluna, ao contrário de outras operações da PF, a “EmendaFest” ainda não “pegou no calcanhar” dos deputados, pois teve apenas um assessor como alvo, por ora.
Com aval do STF, a PF cumpriu ao menos 11 mandados de busca e apreensão para apurar o suposto desvio de emendas parlamentares. Entre os alvos, estavam endereços ligados ao deputado Afonso Motta.
Operação EmendaFest
Como noticiou o Metrópoles na coluna de Fabio Serapião, a PF encontrou conversas entre o assessor de Motta e o intermediário de um hospital sobre suposto pagamento de propina.
O material foi encontrado pela PF na Operação Rêmora, que apura compra e venda de telas interativas para cidades do Rio Grande do Sul. Como envolvia o assessor de um deputado, o caso foi enviado ao STF
Segundo a Polícia Federal, há diversas conversas sobre o direcionamento de emendas parlamentares para o hospital Ana Nery de Santa Cruz do Sul (RS).
Em uma delas, um áudio enviado por Cliver, diz a PF, seria revelador e indicaria que o assessor do parlamentar receberia valores relacionados a emendas.