Lula coordena ação do Itamaraty nos EUA e mantém Moraes informado
Presidente Lula conversou com Alexandre de Moraes na semana ada, após secretário de Trump confirmar chance de sanções ao ministro do STF
atualizado
Compartilhar notícia

O presidente Lula tem coordenado de perto a articulação do Itamaraty junto ao governo Donald Trump para evitar sanções dos Estados Unidos ao ministro do STF Alexandre de Moraes.
Segundo fontes do Palácio do Planalto e do Itamaraty, Lula tem sido informado pelo chanceler brasileiro, Mauro Vieira, de todas as conversas com a gestão Trump sobre o assunto.
O trabalho, segundo fontes do Ministério das Relações Exteriores, é liderado por Lula e pelo chanceler Mauro Vieira diretamente de Brasília, mas tem sido executado de forma “coletiva”.
Nos Estados Unidos, quem está à frente das conversas é a atual embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luiza Viotti, como informou o Metrópoles, na coluna Paulo Cappelli.
A diplomata iniciou as conversas ainda na semana ada, após o secretário de Estado americano, Marco Rubio, dizer publicamente haver “grande possibilidade” de sanções contra Moraes.
Nas conversas, a embaixadora tem destacado a relação histórica de cooperação entre Brasil e Estados Unidos e ressaltado que eventuais sanções a Moraes serão vistas como “ataque à soberania brasileira”.
A ordem no Itamaraty, contudo, é evitar reagir “pela mídia”. Por isso, a orientação é não expor detalhes das conversas que têm sido feitas por diplomatas brasileiros com o governo Trump.
Governo Lula mantém Moraes informado
Desde a fala e Marco Rubio, cujo cargo equivale ao de chanceler no Brasil, Lula ordenou que o Itamaraty reagisse “com firmeza”. O petista, porém, ainda não teve conversas diretas com autoridades americanas.
O governo, segundo fontes do Planalto, tem mantido Moraes informado sobre as articulações. A comunicação tem sido feita por meio do Itamaraty e de ministros do governo que têm boa interlocução com o magistrado.
O próprio Lula, de acordo com auxiliares presidenciais, também conversou por telefone diretamente com Alexandre de Moraes, na semana ada, após a declaração do chanceler do governo Trump.