A carona de Haddad na FAB ao candidato de Lula à presidência do PT
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad deu uma carona, em um voo oficial da FAB, ao candidato apoiado por Lula à presidência do PT
atualizado
Compartilhar notícia
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deu uma carona, em um voo da FAB, ao ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, candidato do presidente Lula ao comando do PT na eleição interna marcada para julho.
Edinho pegou a carona com Haddad em um voo que decolou de Brasília às 18h30 da quinta-feira (10/4) em direção ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde a aeronave pousou às 20h10, segundo registros da FAB.
O chefe da equipe econômica de Lula tinha requisitado o voo oficial para retornar à capital paulista, onde tem residência fixa, como costuma fazer toda semana. Às sextas-feiras, Haddad opta por despachar de São Paulo.
Além de Edinho e do ministro da Fazenda, o voo da FAB viajou da capital federal à capital paulista com outros 11 ageiros. A maioria deles trabalha com Haddad na pasta ou em outros órgãos do governo.
Quem viaja de FAB costuma embarcar por uma área reservada da Base Aérea de Brasília, sem filas. O desembarque na capital paulista também é feito por meio de um espaço exclusivo para autoridades.
O que diz Haddad
Procurado, o ministro da Fazenda informou, por meio de sua assessoria que o decreto federal de 2020 que trata sobre o transporte aéreo de autoridades em aeronaves da FAB permite esse tipo de carona.
“Conforme contido no Art. 7º, do Decreto nº 10.267, de 05 de março de 2020, que dispõe sobre o transporte aéreo de autoridades em aeronaves do Comando da Aeronáutica, informamos que as vagas remanescentes podem ser ocupadas por qualquer cidadão. Assim, as solicitações para vagas ociosas são preenchidas de acordo com a disponibilidade, no caso do ministério não preencher todas as vagas”, disse a assessoria de Haddad, em nota.
Procurado via assessoria, Edinho não respondeu. Desde que Lula o escalou para a disputa interna no PT, o ex-prefeito tem viajado toda semana a Brasília para reuniões com lideranças petistas.
Nas conversas, Edinho tenta construir um consenso em torno de seu nome para a disputa. Até o momento, contudo, o petista não alcançou consenso nem mesmo na corrente interna do PT da qual faz parte.
