Prefeitura de São Paulo pagou R$ 77 mil para adjunta de Marta ir à COP
Durante a gestão de Marta Suplicy, a Secretaria de Relações Institucionais pagou R$ 77 mil para a número 2 da pasta participar da COP28
atualizado
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A Prefeitura de São Paulo gastou R$ 77.417 só com o seguro viagem e as agens aéreas para a secretária-adjunta de Relações Internacionais da cidade ir à Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes. A compra foi autorizada durante a gestão de Marta Suplicy na pasta, em novembro de 2023.
O gabinete da secretária-adjunta, Maria Auxiliadora Figueiredo, pediu um upgrade para a classe executiva nas agens de ida e volta quatro dias antes do voo de ida para Dubai, programado para 28 de novembro do ano ado. A solicitação foi atendida.
O gasto representou mais de 10% do orçamento que a Secretaria de Relações Internacionais usou para comprar agens aéreas para o exterior em 2023. A Prefeitura havia empenhado R$ 700 mil para a pasta executar essa função no ano ado.
A secretária-adjunta também recebeu R$ 24.195 em diárias para permanecer entre os dias 28 de novembro e 8 de dezembro em Dubai. O voo de ida, no entanto, foi cancelado pela companhia aérea, o que retardou em um dia a chegada na cidade.
Maria Auxiliadora é ex-embaixadora e está filiada ao PDT. Ela assumiu o comando interino da Secretaria de Relações Internacionais por um curto período, após a demissão de Marta Suplicy, em janeiro. A diplomata retomou o posto de secretária-adjunta quando Aldo Rebelo foi empossado na pasta.
Em nota, a Prefeitura informou que “cada secretário é responsável pelo seu ordenamento de despesas e tem prerrogativa para definir gastos relacionados à pasta”.
O governo municipal ressaltou que uma portaria baixada por Marta Suplicy, em maio de 2022, prevê que, “em caso de servidor idoso ou com alguma condição médica limitadora, devidamente comprovada, poderá ser acrescida na compra da agem aérea a disponibilização de assento especial”. Maria Auxiliadora tem 74 anos.
A coluna questionou a Prefeitura sobre quais foram os ganhos e/ou retornos que a viagem da secretária-adjunta à COP28 trouxe para São Paulo, mas não houve resposta.
