Entidades pedem investigação do procurador-geral de Justiça de MG
Grupos da sociedade civil am carta pedindo ao CNMP que abra investigação sobre PGJ de MG
atualizado
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Uma carta com 28 s de organizações da sociedade civil pede que o procurador-geral de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), Jarbas Soares Júnior, seja investigado pela relação que mantém com um empresário do ramo da mineração, réu em ações criminais.
Como mostrou a coluna, um grupo de promotores mineiros pediu ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) uma investigação contra o chefe da instituição no Estado.
O motivo é a proximidade entre Jarbas Soares Júnior e o empresário Lucas Prado Kallas. Em maio, o repórter Allan de Abreu revelou que Kallas, que responde a diversas ações penais, deu uma carona em seu jatinho ao chefe do MP mineiro e à sua mulher em uma viagem.
A proximidade é questionada, entre outros motivos, porque cabe ao MP mineiro fechar acordos com mineradoras acusadas de irregularidades, como já aconteceu com empresas de Kallas.
O Grupo Cedro, liderado por Kallas, firmou acordo com o MP por desmatamento ilegal em área de mineração, assim como a Extrativa Mineral S.A, também do conglomerado de Kallas, fez pelo dano ambiental de um empreendimento.
Por isso, organizações da sociedade civil que lidam com meio ambiente e mineração se uniram para a carta, como a Associação das Pessoas Atingidas por Mineração (APAM), a Ação Franciscana de Ecologia e Mineração, Movimento pelas Serras e Águas de Minas, SOS Serra da Piedade, a Comissão Pastoral da Terra de Minas Gerais, entre outras.
“Sobre a instituição Ministério Público não pode pairar dúvidas ou a eventualidade de subterfúgios corporativistas que impeçam a apuração das denúncias que, caso confirmadas, concorrem para comprometer os objetivos institucionais”, diz o documento, que pede a apuração das denúncias.