Em sua última entrevista, MC Marcinho falou sobre pausa na carreira
Cantor revelou que deixou as apresentações nos bailes funk e trabalhou na parte istrativa de um hospital para sustentar os filhos
atualizado
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Todo o Brasil, em especial a massa funkeira, está de luto com a morte do príncipe do movimento funk, MC Marcinho, neste sábado (26/8). O cantor e compositor de grandes hits, como Glamurosa, teve complicações em sua saúde e sofreu uma sepse, seguida da falência múltipla dos órgãos.
O artista já havia ado por complicações em sua saúde por vários momentos em sua vida, desde o agravamento em uma ferida na perna após um acidente e a descoberta de um tumor no rim.
Todos esses desafios que ele enfrentou na vida ele contou em sua última entrevista, em fevereiro deste ano. No bate-papo com Clemente Magalhães, do canal Corredor5, MC Marcinho também revelou outras histórias de sua carreira.
Durante a conversa, o cantor afirmou que o movimento funk, em determinado momento, foi tomado pela febre de 5 Minutinhos de Alegria, onde o público ia aos bailes pra brigar. Segundo o MC, as pessoas já iam sem camisas e descalços, prontos para os embates que aconteciam nos bailes do Brasil inteiro.
E, por ele ser um cantor romântico, as portas se fecharam. Foi nesse momento que Marcinho precisou mudar de profissão e se arriscar em outra área. Acreditem: ele trabalhou em uma unidade de saúde.
“'[Pensei] e, agora, eu com filho e uma filha pequenininhos, tenho que trabalhar’. Fui trabalhar no hospital, na istração do hospital, lá em Caxias. Não foi no Quinta D’Or, não. Fiquei trabalhando um ano na istração”, recordou ele.
Mas quem pensa que ele deixou o sonho da música de lado, engana-se: “Fiquei compondo mais ainda. Aí, veio Glamurosa e deu aquela pancada. Larguei o trabalho, o hospital e voltei a fazer show”, comentou o artista.
Veja a entrevista completa:
A morte
Morreu neste sábado (26/8), aos 45 anos, o cantor MC Marcinho, também conhecido como o “Príncipe do Funk”. Ele estava internado no Hospital Copa D’Or, na zona sul do Rio de Janeiro, desde o dia 27 de junho, para tratar um quadro de insuficiência cardíaca e renal.
O falecimento foi confirmado pelo hospital onde o cantor estava internado: “O Hospital Copa D’Or confirma, com pesar, a morte do paciente Marcio André Nepomuceno Garcia na manhã deste sábado (26/8), às 9h10, em decorrência de falência múltipla de órgãos. O hospital se solidariza com a família e amigos por essa irreparável perda”.
Em 10 de julho, MC Marcinho precisou ser intubado após sofrer uma parada cardíaca. Três dias depois, em 13 de julho, o funkeiro recebeu um coração artificial, um dispositivo de duração intermediária, que pode ser usado de três a quatro meses. Ele estava internado recebendo ventilação mecânica e precisava ar por hemodiálise.
Nos últimos dias, no entanto, MC Marcinho teve mais uma piora no estado de saúde devido a um quadro de infecção generalizada, o que fez com que ele deixasse a fila de transplante de coração.
Marcio André Nepomuceno Garcia nasceu em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, estado do Rio de Janeiro. O cantor e compositor foi um dos principais destaques do movimento funk nos anos 1990. Ficou conhecido pelos hits “Rap do Solitário”, “Princesa”, “Glamurosa” e “Garota nota 100”.
