Vítima? Especialista desmascara críticas de Harry contra a realeza
Quem tratou de rebater as afirmações polêmicas de Harry foi a especialista Angela Levin. Ela escreveu uma biografia do príncipe
atualizado
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Quando Harry decide dar uma entrevista, a realeza e os súditos devem se preparar pela enxurrada de polêmicas. Ficou de lição o bate-papo dele com a apresentadora Oprah Winfrey – entrevista que marcou a história da Coroa britânica. Na última quinta-feira (13/5), o duque de Sussex conversou com o ator Dax Shepard no podcast Armchair Expert. Desde então, as queixas do neto da rainha Elizabeth II não repercutiram muito bem e causaram um alvoroço na web. Os experts em família real desmascaram o príncipe e afirmaram que ele se faz de vítima.
Quem tratou de rebater as afirmações incendiárias do marido de Meghan Markle foi a especialista Angela Levin, escritora por trás da biografia Harry: Conversas com o Príncipe. Em entrevista ao The Sun, a autora lembrou do período que ficou ao lado do duque de Sussex, para poder redigir o livro. “Quando eu ei 15 meses com Harry, ele era charmoso e cheio de travessuras”, rememorou. Na avaliação da expert, o filho da princesa Diana mudou e tornou-se uma “vítima gemendo”.
No podcast, Harry não economizou críticas à família real. Ele disse que nascer na realeza era como viver em um zoológico. Também contou não concordar com a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, país onde mora atualmente com a mulher, Meghan, e o filho, Archie. O comentário negativo sobre a norma deixou os norte-americanos e até britânicos furiosos, a ponto de pedirem para o príncipe voltar ao país de origem, o Reino Unido.
Em uma parte da entrevista, o duque de Sussex mirou na relação com o pai, o príncipe Charles. Harry compartilhou quais são os planos para criar os filhos, Archie, de 2 anos, e uma menina. Ela deverá chegar ao mundo em junho. “Eu experimentei alguma forma de dor ou sofrimento por causa da dor ou sofrimento que talvez meu pai ou meus pais tenham sofrido”, disse o neto da rainha. Na ocasião, ele ressaltou sua vontade de quebrar o ciclo “cruel”.
Ao avaliar a situação, Angela Levin fez uma viagem pelas lembranças que tinha de Charles e Harry. A autora refutou os recentes esclarecimentos do príncipe com a recordação de uma aparição da dupla no programa Today, da BBC Radio 4. O duque de Sussex convidou o pai para o bate-papo. “Eles falavam com muito amor como pai e filho. Havia um calor ali. Portanto, é extraordinário ver Harry sugerindo o contrário”, analisou a autora.

Seguindo a linha de raciocínio, Angela Levin disparou mais uma fala do duque de Sussex que põe em xeque as críticas. Ela trouxe à tona a entrevista de noivado do neto da rainha Elizabeth II, em novembro de 2017. “Ele [Harry] disse que convidou Meghan para o Natal da realeza em Sandringham, porque ‘esta era a família que ela nunca tivera’”, relembrou a especialista. “Por que fazer isso se eles são uma família tão podre? Ele está reconstruindo a própria vida para ser uma vítima”, alegou a biógrafa.
Outro comentário de Harry sobre a vida na realeza e a paternidade de Charles era de que não andava de bicicleta quando criança. Não é a primeira vez que o príncipe fala a respeito de ter liberdade de levar o filho, Archie, para brincar de bike na casa onde mora na Califórnia, nos EUA. A autora respondeu a fala do príncipe ao frisar que há diversos cliques dele disponíveis na internet sob duas rodas. O menino está acompanhado do pai; da mãe, a princesa Diana; e do irmão, William.
“Há fotos de Harry na garupa de uma bicicleta, quando criança, eando com os pais”, explicou Levin. O duque de Sussex revelou que optou por abdicar aos cargos na realeza para ter independência e liberdade. Novamente, a expert em família real contestou o ponto de vista do marido de Meghan Markle: “Se ele queria escapar do aquário, Los Angeles é um lugar estranho para ir. A cidade é um ponto de encontro para os paparazzi e os EUA oferecem mais liberdade à imprensa do que o Reino Unido”.

Convergência
Em um ponto, Angela Levin concordou com Harry. Na entrevista a Dax Shepard, no podcast Armchair Expert, o duque de Sussex deu a entender que os problemas de Charles estavam relacionados ao vínculo com os pais, a rainha Elizabeth II e o príncipe Philip. “Isso significa que ele me tratou da mesma maneira como foi tratado”, garantiu o marido de Meghan. A autora compactua do ponto de vista: “Harry parece estar dizendo que Charles foi prejudicado pela rainha e pelo estilo parental do falecido príncipe Philip”.
De acordo com a expert em realeza, há verdade na avaliação de Harry: “A rainha colocou os deveres reais antes dos próprios filhos, além de ser fria emocionalmente. O príncipe Philip também exibiu o lado superior rígido dos britânicos, em vez de mostrar as emoções. Então, Charles sofreu”. Levin, entretanto, discorda quanto à afirmação de que o herdeiro do trono trata o caçula da mesma forma. “Enquanto a rainha proibiu o matrimônio com a mulher que Charles amava, ele permitiu os dois filhos se casarem com as pessoas que escolheram”, acredita.

Luto
Segundo a expert em assuntos da Coroa, as entrevistas de Harry e Meghan Markle parecem ter sido feitas para atacar a realeza. Angela Levin, contudo, vê que não é um bom momento, devido à morte do príncipe Philip, em abril. “A rainha e Charles estão de luto pela perda”, enfatiza. Em março, o duque de Sussex confessou à apresentadora Oprah Winfrey que o pai e o irmão estavam “presos” na família real: “Eles não podem sair. Eu tenho uma grande compaixão por isso”.

Para a autora, a monarca britânica teria apoiado qualquer decisão de quem tivesse escolhido um caminho diferente do estilo de vida real. “Se Harry quisesse morar na África e fazer um trabalho de caridade, a rainha aprovaria a decisão. Não acredito que Harry foi forçado a seguir determinado caminho”, endossou Levin ao The Sun. Na segunda-feira (17/5), foi lançado o trailer do programa de saúde mental promovido pelo duque de Sussex e por Oprah Winfrey, para a Apple TV+. No filme de mais de dois minutos, o príncipe aparece sério.
Em um dos frames, Harry caminha atrás do caixão da mãe, a princesa Diana. Ela morreu vítima de um acidente de carro em 1997. O príncipe compartilhou em entrevistas que a perda está “arraigada” na memória. O vídeo foi postado no perfil da Fundação Archewell, comandada pelos duques de Sussex. “A maioria de nós carrega algum tipo de trauma não resolvido, perda ou luto, que é muito pessoal. Minha esperança é que esta série mostre que há poder na vulnerabilidade, conexão na empatia e força na honestidade”, escreveram na legenda.
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