Veja 4 chás populares que são perigosos quando consumidos em excesso
A nutricionista Luíza Jácome aponta quatro chás que podem oferecer perigos à saúde, se ingeridos de forma exagerada. Confira
atualizado
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Quem acompanha a coluna Claudia Meireles notou que as últimas semanas têm sido “regadas” a xícaras de chás de alho, de folhas de algodão e de caroço de abacate. Caso tenha “mergulhado” nas infusões, vale, também, se atentar aos perigos do consumo excessivo da bebida, conforme explica a nutricionista Luíza Jácome, de Brasília.
Os diversos tipos da bebida dispõem de um leque de benefícios, entretanto, tomá-la sem controle tende a ser prejudicial à saúde, segundo alerta a especialista: “Muitas pessoas acreditam que os chás, por serem ‘naturais’, não têm contraindicação, mas a verdade é que a diferença entre o remédio e o veneno é a quantidade.”
Chás
Luíza cita quatro chás “bastante conhecidos e usados no dia a dia” que podem ocasionar quadros de saúde, quando ingeridos de forma exagerada.
- Chá verde: famoso por acelerar o metabolismo e ser antioxidante, em excesso pode causar sobrecarga no fígado, taquicardia, insônia e até afetar a absorção de ferro. “Já houve casos de hepatite tóxica associada ao uso exagerado desse chá”, menciona a especialista.
- Chá de boldo: é o queridinho para a digestão, contudo, em altas doses tende a fazer justamente o contrário: sobrecarregar o fígado e provocar intoxicação.
- Chá de erva de São João: usada para ansiedade e depressão leve, a bebida pode interferir na ação de medicamentos, como anticoncepcionais e antidepressivos. “O risco de interações medicamentosas é altíssimo”, avisa a nutricionista.
- Chá de carqueja: esse chá auxilia no controle da glicemia e digestão, entretanto, quando ingerido em exagero, tende a ocasionar a queda brusca da pressão arterial, irritação gástrica e comprometer a absorção de nutrientes.

Prescrição
A especialista em nutrição destaca que alguns indivíduos acreditam que estão liberados a “sair misturando ervas para obter mais benefícios” provenientes da ingestão de chá. “Isso pode ser um grande problema, pois algumas combinações tendem a potencializar efeitos negativos ou até anular os efeitos esperados”, detalha.
No ponto de vista de Luíza Jácome, é essencial que o consumo de chás medicinais seja indicado por um nutricionista ou médico. “O profissional vai avaliar seu histórico, metabolismo e possíveis interações como medicamentos ou outras condições de saúde”, esclarece.
A nutricionista pondera como consumir “chás de forma segura”:
- Evite misturar várias ervas sem orientação: o que pode ser bom isoladamente, torna-se perigoso quando combinado com outras substâncias.
- Respeite a dosagem recomendada: uma ou duas xícaras ao dia já são suficientes para obter benefícios dos chás “sem riscos”.
- Gestantes: se estiver grávida, tomando remédios ou tiver alguma condição específica de saúde, consulte um profissional antes de tomar a bebida.

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