Descubra os tipos de colágeno e o mais adequado para cada problema
A dermatologista Vanessa Nunes e a nutricionista Patrícia Davidson explicaram sobre os tipos de colágeno. Elas listaram os benefícios
atualizado
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Não se espante ao chegar em uma loja de suplementos e se deparar com uma enorme prateleira recheada de embalagens com o nome colágeno estampado e um determinado tipo. Há disponível uma variedade de opções da proteína, entretanto, cada uma dispõe de uma função específica, que não se limita a ajudar na resistência e elasticidade da pele, como ficou popularmente conhecida.
Para entender melhor quanto aos tipos de colágeno, a coluna Claudia Meireles recorreu ao auxílio da dermatologista Vanessa Nunes, do Paraná; e da nutricionista Patrícia Davidson, do Rio de Janeiro.
Conforme as especialistas, essa proteína não está presente apenas na pele — noção que se perpetua no imaginário popular —, mas também em outras partes do corpo.
Entenda a importância do colágeno para a saúde:
- O colágeno é uma proteína necessária para o funcionamento do organismo;
- Essa proteína está presente nos ossos, músculos, sangue e pele, entre outros;
- O corpo faz a síntese de colágeno, mas com o ar da idade, a produção diminui;
- Para que o teor de colágeno fique em um bom nível, a suplementação costuma ser uma alternativa recomendada.

Segundo Patrícia, cerca de 10% dos músculos são constituídos por colágeno, sendo essa proteína uma das principais “contribuintes” para a função e estrutura desses órgãos. “Parte do aumento da massa muscular é observada em diversos estudos devido ao aumento do conteúdo do tecido conjuntivo intramuscular”, explica.
A nutricionista menciona que, “até o momento, foram identificados 28 tipos de colágeno”. “Diferenciam-se de acordo com a quantidade e posição dos aminoácidos, assim como o tipo de ligação”, prossegue.
Das inúmeras opções, a dermatologista Vanessa Nunes comenta que os mais recomendados são o 1, 2 e o 3. Ela não acredita em suplementação de colágeno no sentido de dar “realmente o rejuvenescimento da pele”.
Vanessa detalha que um indivíduo que toma suplementos, a exemplo do Verisol, forma de colágeno hidrolisado com vantagem de ser absorvido mais facilmente pelo organismo, consegue contribuir com a saúde da cútis em relação à hidratação. No ponto de vista da médica, fazer a suplementação com o objetivo de aumentar a quantidade da proteína na pele, não procede.

“O organismo absorve a molécula de proteína, porque o colágeno é feito de proteína, assim como qualquer outro alimento que você vá comer, como carne, caldo de carne, feijão, inclusive oferece um benefício tanto quanto uma suplementação de colágeno. É o que eu gosto de fazer e sugiro para quase todos os pacientes”, salienta a dermatologista.
Tipos de colágeno
Abaixo, a nutricionista Patrícia Davidson e a dermatologista Vanessa Nunes explicam quais são os tipos de colágenos e qual o mais adequado para cada caso:
1. Colágeno tipo I
A especialista em nutrição cita que esse tipo é o mais abundante no corpo e está presente na pele, cabelo, unha, ossos, dentes, tendões, ligamentos e órgãos. “Pode ser encontrado em sua forma hidrolisada em suplementos. Isso quer dizer que a por um processo de quebra da proteína em frações menores, o que facilita a absorção pelo corpo. É possível encontrar nesse formato com o nome de Verisol”, garante.

2. Colágeno tipo II
De acordo com Patrícia, o segundo tipo de colágeno é a estrutura da proteína intacta encontrada nas cartilagens. Ela esclarece que essa fórmula “auxilia na proteção das articulações, contribuindo para diminuir dores, inflamações e desgastes articulares”. “A suplementação começa a apresentar resultados após 12 semanas, com uso diário”, justifica a nutricionista.
“O melhor horário para consumir é pela manhã ou no final do dia com uma dose usual de 40 gramas”, complementa.
3. Colágeno tipo III
“O colágeno tipo III é a formação de células de e em estruturas como músculos, órgãos, pele, vasos sanguíneos”, elenca a nutricionista.
Ela afirma quanto a fórmula fornecer “e estrutural para auxiliar na elasticidade do tecido, além de manter a integridade e a força dos órgãos internos”.
4. Colágeno tipo IV
Com relação ao colágeno tipo IV, a dermatologista ressalta que o uso é “muito raro”: “Acaba fazendo uma união de epitélio com a parte do tecido conjuntivo.”

5. Colágeno tipo V
A médica Vanessa Mendes elucida que o colágeno tipo V faz uma reparação melhor do tecido, contudo, o consumo deve ser feito concomitantemente com a vitamina C. “Oferece uma ação muito maior”, emenda.
Conselho da nutricionista
Conforme Patrícia Davidson, não se deve tomar o suplemento de colágeno com grandes refeições, por exemplo, almoço e jantar. “Nessas alimentações, o indivíduo ingere muitos nutrientes e o corpo precisa absorvê-los. Caso consuma junto, o organismo pode desperdiçar alguns ativos na digestão”, receita. Com base em estudos, a nutricionista prescreve que a ingestão diária de Verisol precisa ser de 2,5 gramas diariamente.
Na hora de adquirir o suplemento, a especialista em nutrição orienta: “Procure por colágeno hidrolisado ou peptídeos de colágeno. Além de serem mais biodisponíveis, a segunda sugestão tem um peso molecular mais baixo, e podem se dissolver rapidamente em quase qualquer líquido, tornando-os incrivelmente simples de adicionar à sua dieta”, indica a nutricionista.
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