Lua de sangue: robô registra eclipse da perspectiva lunar. Veja vídeo
O módulo espacial Blue Ghost pousou na Lua, de onde conseguiu fazer registros inéditos de um eclipse, em 2 de março
atualizado
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A Lua de Sangue foi um espetáculo no céu na madrugada da última sexta-feira (14/3), quando pessoas de diferentes partes do mundo puderam ver o eclipse total do satélite. Imagens feitas pelo módulo espacial Blue Ghost mostram o fenômeno de uma perspectiva inédita, a da Lua.
O robô da empresa Firefly Aerospace pousou na Lua em 2 de março. Ele foi enviado com 10 equipamentos da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, com o objetivo de coletar imagens e amostras do ambiente lunar para contribuir com novos estudos.
Veja imagens do eclipse visto a partir da Lua, feitas pelo Blue Ghost:
Lua de sangue
- O eclipse total da Lua aconteceu na sexta-feira (14/3).
- Um fenômeno como esse não acontecia desde 2022.
- Ele deverá se repetir em setembro de 2025, quando poderá ser visto apenas em algumas regiões da Europa, África, Ásia e Austrália.
- No Brasil, a próxima Lua de Sangue acontecerá em 3 de março de 2026, segundo o calendário da Nasa.
- Um eclipse total é o resultado de um alinhamento raro e perfeito entre a Terra, a Lua e o Sol.
O Blue Ghost estava no lugar certo, na hora certa, e conseguiu observar a Terra deslizar na frente da Lua, cobrindo completamente o Sol até o eclipse total.
“Esta é a primeira vez na história que uma empresa comercial opera ativamente na Lua e consegue observar um eclipse solar total, onde a Terra bloqueia o Sol e projeta uma sombra na superfície lunar”, afirmou a Firefly Aerospace em comunicado publicado no blog da missão.
Os cientistas explicam que o tom vermelho da Lua é o resultado da luz solar refratando através da atmosfera da Terra, enquanto o Sol é bloqueado pelo nosso planeta, lançando uma sombra na superfície lunar.
“O anel brilhante do eclipse é visto novamente no solar do Blue Ghost. Você também pode avistar Mercúrio (esquerda) e Vênus (direita) logo acima do eclipse”, destaca a Firefly.
O módulo espacial é movido a energia solar. Durante o eclipse, que durou cinco horas, ele trabalhou com baterias reservas. Nesse intervalo, a temperatura na superfície do robô caiu de 40 para -170° C.
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