Itamaraty se posiciona sobre o caso Kat Torres, Letícia e Desirrê
Consulado-Geral do Brasil em Houston afirmou que está acompanhando investigações e colaborando com autoridades norte-americanas
atualizado
Compartilhar notícia

O Ministério das Relações Exteriores se posicionou sobre o caso de Letícia Maia Alvarenga, de 21 anos, e Desirrê Freitas, de 26, que ganhou repercussão nas redes sociais nos últimos dias, após familiares das jovens especularem que elas podem ser vítimas de seita, rede de prostituição ou tráfico humano.
Elas teriam sido aliciadas pela influenciadora Katiuscia Torres, conhecida como Kat Torres ou Kate a Luz. Segundo post publicado no Instagram do pai de Letícia, Cleider Castro Alvarenga, a jovem está desaparecida desde abril deste ano, quando veio ao Brasil buscar documentos pessoais. Ela havia deixando o trabalho como au pair no Texas, nos Estados Unidos, para ser assistente de Kate como coach espiritual. Contudo, fotos de Letícia e Desirrê foram encontradas em um site de prostituição, atividade que é ilegal no país norte-americano.
Polícia investiga suposto sumiço de brasileira em caso Kate A Luz
“Ela estava em Leander TX. Por favor, estamos desesperados, não temos contato com ela desde 04/2022, se alguém tiver alguma notícia nos avise, peço também que compartilhem com outros grupos e pessoas que possam nos ajudar”, pediu Cleider nas redes sociais.
Após a pressão de internautas, Katiuscia, Letícia e Desirrê apareceram em vídeos afirmando que estão bem e que a decisão de cortar laços com as famílias brasileiras foi voluntária.
Letícia ainda divulgou o endereço dos pais em Perdões, Minas Gerais, e acusou o genitor de abusar sexualmente dela até os 15 anos de idade. A família nega as acusações e acredita que as a mineira teria sofrido uma lavagem cerebral ou que está sendo coagida a falar o que Katiuscia determina.
Procurado pelo Metrópoles, o Itamaraty afirmou que tem conhecimento da situação, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Houston, e que “está em contato estreito com as autoridades policiais norte-americanas responsáveis pela investigação do caso. Aquela repartição consular permanece à disposição para prestar a assistência cabível às nacionais brasileiras e a seus familiares, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”.
O texto diz inda que “em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de o à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser readas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros”.
A Polícia Federal também foi acionada pela reportagem e respondeu encaminhando a nota do Ministério das Relações Exteriores.
Ver essa foto no Instagram