Zé Trovão: Bolsonaro “está tranquilo” e denúncia é “fantástica ilusão”
Deputados do Partido Liberal e aliados se encontram nesta quarta-feira (19/2), em Brasília. Há a expectativa de que Bolsonaro participe
atualizado
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O deputado federal Zé Trovão (PL) afirmou, nesta quarta-feira (18/2) que “Bolsonaro está tranquilo” um dia após ter sido denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada.
Deputados do Partido Liberal e aliados se encontraram, esta quarta-feira (19/2), para uma reunião no apartamento funcional do atual líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS), em Brasília, como antecipou o Metrópoles, na coluna do Igor Gadelha. Jair Bolsonaro participou presencialmente do encontro, que terminou pouco depois das 12h.
As pautas da reunião giraram em torno da anistia dos presos pelo 8 de janeiro, a denúncia da PGR e os próximos os de Bolsonaro e os atos convocados para 16 de março.
De acordo com Zé Trovão, os aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro já sabiam que a decisão da PGR seria a de denunciá-lo.
“Tudo tranquilo. A gente sabe que isso tudo é uma fantasia, um fantástica ilusão que eles estão fazendo, querendo colocar um cara que não cometeu crime nenhum como bandido. Mas isso aí não vai dar em nada. A gente está bem tranquilo”, afirmou o deputado, com exclusividade, ao Metrópoles.
Os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG), Domingos Savio (PL-MG), Zé Trovão (PL-SC), Sargento Fahur (PSD-PR), Altineu Cortês (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), agora vice presidente da Câmara já chegaram para a reunião. Gilson Machado Neto, ministro do Turismo e Cultura e Presidente da Embratur no governo Bolsonaro, e Jair Renan Bolsonaro, filho 04 de Bolsonaro, também estão presentes.
Nessa terça-feira (18/2), Bolsonaro esteve com senadores aliados no Congresso Nacional, onde defendeu a pauta da anistia aos presos pelo 8/1.
Perseguição tramada
O presidente do PL em Minas Gerais, deputado Domingos Savio, que também participa da reunião, chamou de golpe “arrumar um motivo para prender o adversário político”.
“A perseguição ao Bolsonaro foi uma coisa tramada. Se tem um golpe é esse, é o golpe de você arrumar um motivo para prender o adversário político e assim que se instalam as ditaduras no Brasil.”
Denúncia PGR
O ex-presidente da República e outras 33 pessoas foram denunciadas, nessa terça, pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada.
Eles ainda foram denunciados por dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, e com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.
Entenda próximos os
- A partir da denúncia, o Supremo Tribunal Federal (STF) abrirá um prazo para a defesa de Bolsonaro se manifestar.
- Depois da manifestação, a Corte vai marcar uma data de julgamento para decidir se Bolsonaro vira réu ou não.
- Caso a denúncia seja aceita, Bolsonaro e os outros denunciados am a ser réus e o processo é formalmente aberto.
- Depois, a-se à fase de ouvir a defesa, testemunhas e colher novas provas.
- Por fim, o Supremo vai julgar o processo, e caso considere culpados Bolsonaro e os outros 33, uma pena pode ser fixada pelos ministros.
- No Brasil, uma prisão costuma ocorrer depois de uma condenação formal, quando já não há mais recursos a serem apresentados.
- Existe também a prerrogativa de uma prisão preventiva, ou seja, antes do final do julgamento. Mas ela só deve ser usada por decisão judicial e se não houver outra forma de impedir que hajam prejuízos ao andamento do processo.
Além do fator prisão, o ex-presidente pode ser alvo de outras sanções da Justiça no período em que se tornar réu. Durante as investigações em que é alvo, Bolsonaro inclusive já foi afetado com medidas cautelares.
Ele está, por exemplo, com seu aporte retido, e não conseguiu ir à posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.