SP desiste de adiar aplicação da segunda dose da vacina contra Covid-19
Decisão foi tomada após Ministério da Saúde reforçar a recomendação para os estados reservarem metade dos lotes recebidos
atualizado
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São Paulo – O governo de São Paulo desistiu da ideia de usar todas as unidades disponíveis de vacina para aplicar a primeira dose e, com isso, adiar a segunda. O anúncio foi feita nesta sexta-feira (29/1) e foi motivado por recomendação do Ministério da Saúde para que os estados mantenham o plano de reservar metade das unidades recebidas para aplicar a segunda dose.
A pasta informou aos estados e municípios que “cumpram diretrizes e o país tenha doses suficientes para imunizar com duas doses previstas”. Disse ainda que “é importante ressaltar que as recomendações têm como base os estudos clínicos da fase 3 do imunizante, que indicam que o intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de duas a quatro semanas”.
“Não há, até o momento, evidências científicas de que a ampliação desse intervalo irá oferecer a proteção necessária à população”, acrescentou.
O governo de São Paulo, no entanto, afirma que o prazo de 14 dias foi estipulado no momento do estudo para dar mais agilidade ao processo. De acordo com o executivo estadual, há pesquisas que mostram eficácia da vacina com aplicação da dose em intervalos maiores.
A intenção do governo estadual era garantir imunização para uma parcela maior da população, já que o Instituto Butantan assegura que apenas uma dose da vacina já garante certo nível de eficácia.
Segundo Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência do Covid-19 em São Paulo, a ideia era conseguir ampliar a cobertura para que maior número de profissionais de saúde e outros grupos prioritários ficassem protegidos. “E assim ter redução nos óbitos e internações”, defende.