Com testes da Coronavac em fase final, Butantan espera aprovação da Anvisa em janeiro
Eficácia da vacina chinesa contra o coronavírus será divulgada na primeira semana de dezembro, mas depende de análise e do aval da Anvisa
atualizado
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São Paulo – O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, anunciou nesta segunda feira (23/11) que a análise da eficácia da Coronavac, vacina chinesa contra o coronavírus, está sendo calculada, já que o número mínimo de 61 infectados entre os voluntários foi atingido.
A conclusão dessa fase deve ocorrer na primeira semana de dezembro. Depois, os dados serão enviados à Anvisa com pedido de registro oficial. A expectativa do governo paulista é que a vacina esteja aprovada em janeiro de 2021, tornando-se a primeira vacina liberada no Brasil.
O cálculo da eficácia da Coronavac depende da infecção pelo novo coronavírus de 61 voluntários da fase 3 de testes, para averiguar quantos tomaram vacina e quantos receberam o placebo. Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, o número foi atingido na semana ada.
“É a vacina mais perto de estar disponível para nossa população. Tomara que em janeiro, porque cada dia com vacina faz diferença”, disse ele.
Essa é uma das últimas fases do desenvolvimento da imunização.
Doses recebidas
O Instituto Butantan guarda 120 mil doses de Coronavac que chegaram da China e vai receber, ao todo, 6 milhões de unidades importadas, além da matéria-prima para produzir outras 40 milhões.
A expectativa declarada do governo paulista é entregar as imunizações para o Sistema Único de Saúde fazer a gestão, caso haja aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Na hipótese de a guerra das vacinas com o governo federal persistir, porém, o governador João Doria disse ter um plano para imunizar os paulistas, além de conversas com outros estados e países da América Latina em busca de uma distribuição da Coronavac quando (e se) os testes forem concluídos e a imunização estiver registrada.