PSol denuncia ao STF empresários bolsonaristas que defenderam golpe
A acusação é apresentada após o Metrópoles revelar um grupo de WhatsApp no qual grandes empresários defendem um golpe de Estado
atualizado
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Deputadas federais do PSol apresentaram denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (18/8), contra um grupo de empresários que articularam um golpe de Estado em um grupo de WhatsApp. A informação foi revelada pela coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, nessa quarta-feira (17/8).
A denúncia foi apresentada pelas deputadas federais Fernanda Melchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP) e Vivi Reis (PA).
O Metrópoles apurou que empresários como Luciano Hang, dono da Havan; Afrânio Barreira, do Grupo Coco Bambu; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro; Ivan Wrobel, da construtora W3 Engenharia; e Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, dono da marca de surfwear Mormaii, participavam de um grupo de WhatsApp em que defendiam a volta do regime militar no Brasil e faziam ataques ao sistema eleitoral brasileiro.
“Sempre soubemos que os empresários apoiadores de Jair Bolsonaro não possuem apreço pelas liberdades democráticas, mas provas tão contundentes como essas não podem ar despercebidas. Eles cometem um crime contra a Constituição e as liberdades democráticas quando fomentam ameaças golpistas. ”, afirma Melchionna.
Para as deputadas, a troca de mensagens representa graves ataques ao sistema eleitoral e expõe a divulgação de informações falsas sobre a apuração das eleições no Brasil. De acordo com as parlamentares, as postagens são “ informações falsas de fraude eleitoral e ameaças abertas ao estado democrático de direito, tendo tido, inclusive, postagens e vídeos retirados das redes sociais por flagrante divulgação de desinformação”.
O documento apresentado pelas parlamentares é endereçado ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do STF, Alexandre de Moraes, que também é relator do inquérito que investiga as ações das milícias digitais.