População será obrigada a comunicar resultado positivo em autoteste
O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discutem a liberação desse tipo de exame no Brasil
atualizado
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A população será obrigada a comunicar o resultado positivo em autotestes para a Covid-19, doença causada pelo coronavírus. O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) discutem a liberação desse tipo de exame no Brasil.
Nesta terça-feira (11/1), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, adiantou que a comunicação dos resultados positivos será obrigatória. A informação foi dada em entrevista ao canal de notícias CNN Brasil.
“O Mistério da Saúde fará orientações para que possam ser comunicados os resultados”, resumiu Queiroga, sem detalhar como o processo será feito.
Negociações
A Anvisa e o Ministério da Saúde negociam a criação de uma política pública para autotestagem de Covid-19. Técnicos da pasta entendem que os exames podem ser importantes para o controle da variante Ômicron.
Nas conversas, a tendência mais forte é que seja elaborada uma normativa temporária para o uso do exame. Um dos pontos que exigem mais atenção é o fato de a Covid-19 ser uma doença de notificação compulsória, ou seja, obrigatória.
No Brasil o autoteste ainda não é permitido, apenas as farmácias realizam os exames, que são feitos com a coleta de material no nariz usando cotonete ou por saliva.
Na Europa, por exemplo, há seis modelos diferentes de autotestes rápidos de antígeno certificados pelo Centro Comum de Investigação da União Europeia, serviço científico da Comissão Europeia.
Os exames são vendidos livremente em farmácias, sem exigência de prescrição médica, e têm resultado detectado entre 10 e 30 minutos.
O autoteste, porém, tem sensibilidade menor do que outros exames (como o PCR) e está sujeito a erro do paciente não treinado.