Maia sobre desistência da PEC Emergencial: “Vamos entrar num abismo”
Presidente da Câmara dos Deputados ironizou governo federal e ministro da Economia, Paulo Guedes: “Resolveram fazer um cambalacho”
atualizado
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta sexta-feira (11/12), que o Brasil “vai entrar num abismo”, após o governo não cumprir novamente a promessa de apresentar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/19, a PEC Emergencial.
“Vamos entrar num abismo, porque [o ministro da Economia] Paulo Guedes disse que era emergencial, não é emergencial”, declarou Maia, durante o 19º Fórum Empresarial Lide.
Maia começou o discurso ironizando a postura do governo. “Temos um país interessante. Até o que é emergencial não é votado no Brasil. Estamos desde o ano ado falando de PEC Emergencial. Resolveram fazer um cambalacho: tira da Câmara, que está forte, e joga para o Senado. O Senado vai resolver o problema enfraquecendo a Câmara. É assim a política brasileira”, declarou.
O senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da proposta, anunciou, na manhã desta sexta-feira, que desistiu de apresentar o relatório neste ano. “Em vista da complexidade das medidas, bem como da atual conjuntura do país, decidi não mais apresentar o relatório da PEC Emergencial em 2020”, disse, em nota.
Na última terça-feira (8/12), Bittar havia apresentado uma minuta do relatório a líderes do Senado, ao qual o Metrópoles teve o, e, além de não constar o programa social do governo, o Renda Cidadã, o documento proibia o reajuste salarial de servidores públicos e realização de concursos públicos por um ano, após a promulgação.
Maia sugeriu um bolo para comemorar o aniversário de promessa do governo em apresentar a proposta – 5 de dezembro de 2019. O parlamentar defendia que a PEC Emergencial deveria ser aprovada antes da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2021, também sob relatoria de Bittar.
