Defesa de Ribeiro pede que ele permaneça em SP e seja ouvido por vídeo
Ele foi preso preventivamente na manhã desta quarta-feira (22/6), sob suspeita de participar de um esquema de corrupção no MEC
atualizado
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A defesa do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro pediu para que ele seja ouvido em Santos, no litoral de São Paulo, por meio de videoconferência. Ele é suspeito de participar de esquema de corrupção envolvendo pastores e tem audiência de custódia marcada para esta quinta-feira (23/6), em Brasília.
Vídeo: veja o momento da prisão do ex-ministro Milton Ribeiro
O ex-ministro da Educação foi preso em operação deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (22/6). O advogado Daniel Bialski, que representa Milton Ribeiro, argumenta que a permanência do ex-ministro em São Paulo poderia gerar uma “economia processual”.
“A defesa técnica encontra-se baseada em São Paulo, o que permitirá maior efetividade na comunicação entre o custodiado”, frisa o documento enviado ao juiz federal Renato Coelho Borelli.
Veja a íntegra do pedido:
Pedido Audiência Virtual – Milton Ribeiro by Metropoles on Scribd
Além disso, a defesa do ex-ministro alega que a operação “foi injusta” e que “inexiste razão” para a detenção.
No início desta quarta, o advogado Daniel Bialski, que representa Milton Ribeiro, confirmou que vai impetrar habeas corpus, sob argumento de que os fatos da prisão “são pretéritos e sem contemporaneidade”.
“Inexiste razão para a prisão preventiva editada. A custódia é injusta, desmotivada e indiscutivelmente desnecessária. Não se poderia decretar a medida excepcional”, ressalta o advogado, em nota.
A prisão
A Polícia Federal prendeu preventivamente o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, na manhã desta quarta-feira (22/6), em operação que investiga esquema de corrupção envolvendo pastores evangélicos durante a gestão dele à frente do MEC.
A operação investiga o esquema de favorecimento em liberação de verbas do MEC para prefeituras ligadas aos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, ambos integrantes da Assembleia de Deus e sem nenhum cargo na pasta. Os dois também são alvo de investigação da PF.
A atuação incluiria pedidos de propina de um líder religioso a um prefeito para facilitar o a recursos da pasta. Para agilizar o direcionamento de fundo orçamentário proveniente do ministério, o pastor Arilton Moura teria solicitado R$ 15 mil e 1 kg de ouro ao prefeito do município de Luís Domingues (MA), Gilberto Braga (PSDB).
Na manhã desta quarta-feira (22/6), o Ministério da Educação afirmou, em nota, que vai colaborar com as investigações e que o governo federal “não compactua com qualquer ato irregular”. A sede da pasta, em Brasília, foi alvo de buscas da Polícia Federal.