Metade do CNMP vota por abrir processo contra Deltan. Análise é adiada
Ação foi protocolada pelo senador Renan Calheiros. Ele alega que o procurador tentou interferir em sua candidatura por meio de rede social
atualizado
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Sete integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) votaram, nesta terça-feira (24/09/2019), pela abertura de um Processo istrativo Disciplinar (PAD) contra o coordenador da Lava Jato em Curitiba (PR), Deltan Dallagnol. A ação foi protocolada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL).
O conselho é composto por 14 conselheiros. Destes, sete votaram pela abertura do processo. Para que a medida seja determinada, oito integrantes do CNMP devem se posicionar contra Dallagnol. O julgamento foi adiado devido a um pedido de vista do procurador-geral da República interino, Alcides Martins.
Outros dois conselheiros votaram contra a abertura do processo, três conselheiros decidiram aguardar o voto de Alcides Martins e um não estava presente. Ainda não há data para retomada do caso.
No dia 10 de setembro, o CNMP rejeitou o pedido de Calheiros para afastar Dallagnol das funções na força-tarefa. A sentença foi proferida por unanimidade. O outro ponto, que tratava do PAD, foi adiado após um pedido de vista do conselheiro Fábio Stica.
Entenda
A ação apresentada ao CNMP pelo senador alagoano contra Dallagnol se deve a declarações do procurador nas redes sociais na época das eleições de 2018 e também no período em que Calheiros disputou a presidência do Senado com Davi Alcolumbre (DEM-AP).
O senador alega que Dallagnol tentou interferir nas eleições, prejudicando a candidatura, o que seria uma forma de exercer atividade política, atuação proibida a integrantes do Ministério Público.
Em uma das mensagens publicadas nas redes sociais, Dallagnol dizia que a eleição de Renan Calheiros para a presidência do Senado dificultaria a aprovação de projetos de lei para o combate à corrupção.