Malafaia xinga presidente do Republicanos e cobra saída de Tarcísio
Após fala sobre anistia, Marcos Pereira foi chamado de “cretino” por Silas Malafaia, que pediu desembarque de Tarcísio do Republicanos
atualizado
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Aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o pastor Silas Malafaia xingou o presidente do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP), que se posicionou criticamente ao projeto de anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro. Nesta quarta-feira (19/3), o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo afirmou que o dirigente partidário é um “cretino” e uma “vergonha” para os evangélicos, e cobrou que o governador Tarcísio de Freitas (SP) abandone o partido.
Veja a reclamação de Malafaia:
“Envergonha a Universal e os evangélicos. Tem que ser muito cretino para falar isso, é porque o partido tem ministérios e cargos. Você é uma vergonha, contra um projeto da anistia para mulheres, avós e dona de casa. A esquerda lutou pela anistia de guerrilheiros, sequestradores, ladrões de banco. A esquerda não tem caráter”, afirmou Malafaia.
O Republicanos presidido por Marcos Pereira é um partido conservador, ligado à Igreja Universal. A sigla integra o Centrão, e tem o Ministério de Portos e Aeroportos do governo Lula. Ainda assim, abriga nomes fortes do bolsonarismo, como o governador Tarcísio de Freitas e os senadores Hamilton Mourão (RS) e Damares Alves (DF), além do ex-presidente da bancada evangélica, o deputado Silas Câmara (AM).
“Governador Tarcísio, Damares, Mourão, Silas Câmara, ou saem ou se posicionem contra. Teus interesses políticos [de Marcos Pereira] vão contra os princípios da nossa fé. A Justiça de Deus vai te alcançar”, finalizou Malafaia.
Malafaia com Bolsonaro
O pastor foi um dos manifestantes que acompanharam o ex-presidente Jair Bolsonaro num protesto realizado no último domingo (16/3), no Rio de Janeiro, em defesa da anistia. O projeto para perdoar os envolvidos no 8 de Janeiro e na suposta tentativa de golpe está parado na Câmara, sem previsão de quando entrará em pauta.
Recentemente, Pereira afirmou à CNN que o debate sobre as eleições de 2026 deveria ser feito “sem essa pauta”. O dirigente afirmou que a proposta “contamina o debate da eleição presidencial” e também atrapalha a “governabilidade e a própria atuação da Câmara e do Senado”.