“Injustiça”, diz esposa do “Faraó dos Bitcoins” em vídeo de desabafo
Mirelis Zerpa divulgou vídeo de 27 minutos na noite desta segunda-feira (4/7), onde chega a ler parte do livro que escreve sobre sua vida
atualizado
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Mirelis Yoseline Diaz Zerpa, de 38 anos, esposa de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o “Faraó dos Bitcoins“, publicou um vídeo, nesta segunda-feira (4/7), falando pela primeira vez desde a operação Kryptos, que levou à prisão de seu marido.
O vídeo, intitulado “Muito prazer!! Sou Mirelis Diaz”, tem 27 minutos e está em espanhol, com legendas em português. Em apenas uma hora, o canal de Mirelis já chegou a mil inscritos.
“Sou uma pessoa que sempre quis ser anônima. Estou vivendo uma injustiça que nunca imaginei que viveria na minha vida”, diz Mirelis, que é venezuelana.
Glaidson está preso preventivamente há cerca de oito meses por suspeita de pirâmide financeira e tentativa de homicídio. Além dele, outras 21 pessoas foram indiciadas em um esquema de fraude que movimentou bilhões de reais. Há um mandado de prisão contra ela, que não revela onde está no vídeo.
Mirelis diz que começou a escrever um livro e já tem duas páginas prontas. No texto, que a mulher lê para a câmera, ela afirma que se “deixa levar pela confiança” e que é um grande erro, porque “a sociedade se aproveita disso”.
“Confio muito nas pessoas. Posso conhecer uma pessoa pela primeira vez e já abro meu coração para essa pessoa. Dou a senha da minha conta bancária, meu carro.”
Mirelis ainda afirma que está muito nervosa pois é “hora de abrir a caixa de Pandora”. Após a leitura, a mulher chora e diz que pretende usar os vídeos “como uma terapia”.
“Faraó dos Bitcoins”
A Operação Kryptos foi deflagrada em 25 de agosto de 2021 pela Polícia Federal. O grande alvo foi Glaidson. O homem é dono da GAS Consultoria, empresa investigada por transações suspeitas com criptomoedas e que prometia cerca de 10% de rendimentos por mês, valor este muito acima dos praticados por qualquer atividade regularizada no mercado.
De acordo com investigações, o grupo movimentou quase R$ 40 bilhões no período em que esteve em atividade. Ele também é acusado de mandar matar dois de seus concorrentes, em uma das situações teve êxito.
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