GO: mãe sabia que namorado agredia filho achado morto
Jovem de 17 anos era padastro do menino morto e já havia agredido o enteado. Mãe da criança falou que “achava que ele ia mudar”
atualizado
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A mãe do menino de 2 anos encontrado morto em casa, no Setor Eldorado Oeste, em Goiânia (GO), disse saber que o namorado agredia o filho, mas não acreditou que ele pudesse ass a criança. O adolescente de 17 anos foi apreendido suspeito do ato infracional. A jovem, de 21 anos, acabou presa por abandono de incapaz.
O menino foi assassinado na madrugada de domingo (03/11/2019). Segundo a perícia, a causa da morte foi asfixia, mas ele também tinha sinais de agressão e abuso sexual. As informações são do G1.
A reportagem conseguiu trecho do depoimento da mulher à polícia. “Aconteceu, sim [agressões], mordidas, duas vezes. Aí ele parou. Nesse dia agora [da morte], aconteceu novamente. Para mim, ele tinha mudado. Ele falou que não ia fazer mais, acreditei e quebrei a cara. Ele me falava que as mordidas não eram para machucar, mas carinho. No fundo não acreditava, mas deixei ar porque esperava que ele ia mudar”, afirmou a mãe da criança.
A jovem disse que ou o dia na casa de uma amiga e, de madrugada, recebeu uma ligação do namorado falando que o filho estava ando mal. Quando chegou, encontrou o menino na ambulância dos bombeiros. Ela disse que está se sentindo “culpada”.
“No fundo, eu me sinto [culpada], por que eu acreditei, confiei nele. Poderia ter tirado ele de lá, não sei”, comentou. Porém, ela diz que não tem certeza se o namorado realmente matou o menino. “Ele me disse que não fez nada. Eu não sei, sinceramente. Mas todos dizem, o laudo mostra, que ele foi abusado e assassinado”, completou.
A mãe do menino disse que os dois viviam juntos há um ano, mas que o relacionamento estava desgastado. Sobre sua prisão, ela diz que é suspeita de um crime que não cometeu.
Segundo o delegado Hellyton Carvalho, ela vai responder por abandono de incapaz e deve ar por audiência de custódia para saber se continuará presa. O delegado explicou ainda que, para a namorada, o adolescente negou o crime, mas em depoimento formal, ficou em silêncio. Ele foi autuado pelo ato infracional equivalente a homicídio qualificado e estupro de vulnerável.