Filho de Cravinhos diz por que não quer vínculo com o pai: “Vergonha”
Cristian Cravinhos, condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen em outubro de 2002, recorreu ao STJ
atualizado
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O filho de Cristian Cravinhos (foto em destaque), condenado pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, justifica a ação que levou a Justiça do Paraná a acatar seu pedido de anulação de paternidade. Rafael (nome fictício) diz ter “vergonha” do pai. Em 2009, o rapaz conseguiu mudar seu sobrenome na Justiça. Agora enfrenta batalha judicial para revogar qualquer vínculo jurídico com Cristian.
Cristian Cravinhos, condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen em outubro de 2002, recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), cuja Terceira Turma vai analisar o caso, na próxima terça-feira (18/2).
À época do assassinato, Rafael tinha 3 anos. Ele alegou na Justiça ter sofrido forte preconceito devido aos atos do pai. Cristian foi condenado por ajudar a matar, junto com o irmão, Daniel, os pais de Suzane, em outubro de 2002.
A Justiça do Paraná entendeu que a anulação era possível diante do seguinte argumento: o abandono do filho por Cravinhos. Rafael também havia pedido para a Justiça considerar que o crime teve repercussão em sua vida, mas não foi acatado.
Entenda
- Cristian Cravinhos, condenado a 38 anos de prisão pelo assassinato dos pais de Suzane von Richthofen em outubro de 2002, está no Complexo Penitenciário de Tremembé, no interior de São Paulo, nas proximidades de ir para o regime aberto.
- O Ministério Público de São Paulo (MPSP) se manifestou, em janeiro, contra a progressão de pena de Cristian Cravinhos ao regime aberto.
- A manifestação, assinada pelo promotor Gustavo José Pedroza Silva, aponta que Cristian ainda apresenta “traços disfuncionais de personalidade, caracterizados por rigidez emocional e controle excessivo”, de acordo com o resultado do teste de Rorschach, exame psicológico que avalia a personalidade, feito por ele.
- O laudo psicológico aponta ainda que Cristian Cravinhos demonstra dificuldade em lidar com as emoções de forma espontânea, optando predominantemente por estratégias de racionalização e distanciamento emocional.
O caso no STJ está sob a relatoria da ministra Nancy Andrighi e será analisado pela Terceira Turma, em sessão que começa às 14h do dia 18. O caso está sob sigilo.