Delatado por Cid, Carlos Bolsonaro reage
Em publicação no X, Carlos Bolsonaro afirma que Mauro Cid “não é apenas um pobre coitado”
atualizado
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O vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL) se manifestou na rede social X após ter sido citado em delação premiada do tenente-coronel Mauro Barbosa Cid. O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi acusado por Cid de ditar as ordens no chamado “gabinete do ódio”.
Na publicação em que reagiu, Carlos afirma que Cid não é apenas um “pobre coitado que sofria ameaças para delatar”, uma vez que em suas colocações ele expõe acusações falsas e sem comprovação. Ele ainda ironizou o ex-homem de confiança de seu pai, dizendo que ele tem “curso de bolinhas de gude e peteca” no Exército.
A delação de Mauro Cid
- A delação premiada feita pelo ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro teve seu sigilo derrubado nesta quarta (19/2).
- Na delação há revelações como Cid ter dito que partiu de Bolsonaro a ordem para falsificar cartões de vacina dele e de sua filha.
- O militar disse ainda que a ex-primeira-dama Michelle instigava Bolsonaro a dar golpe “de forma ostensiva”.
Carlos Bolsonaro também citou o ex-assessor especial de Bolsonaro, Filipe Martins, que foi preso em 8 de fevereiro de 2024 por envolvimento em tentativa de golpe de Estado. “Isso sim é um perseguido político, e não aqueles que nitidamente tramaram contra o povo brasileiro, conduzindo inocentes — que nem chegaram perto da Praça dos Três Poderes — e encaminhando-os para a ‘câmara de gás'”, comparou.
Cada segundo fica mais claro que o Coronel das Forças Especiais, com “curso de bolinhas de gude e peteca”, conhecido como Mauro Cid, não é apenas um pobre coitado que sofria ameaças para delatar. Em suas colocações assinadas, expõe falsas acusações sem provar nada a todo momento.… pic.twitter.com/sHpCgRtzl1
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) February 19, 2025
Delação premiada e gabinete do ódio
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes derrubou, nesta quarta-feira (19/2), o sigilo da delação premiada do ex- ajudante de ordens da Presidência da República, Mauro Cid. Em depoimento, o delator revelou o funcionamento do “gabinete do ódio”, utilizado para atacar autoridades, adversários políticos e disseminar fake news nas redes sociais.
“Respondeu que sim; que era o Carlos Bolsonaro que ditava o que eles teriam que colocar, falar; que basicamente o que acontecia era que o ex-presidente tomava conta de sua rede social Facebook; que Carlos Bolsonaro tomava conta das outras redes do ex-Presidente (lnstagram, o Twitter e os outros); que o ex-presidente todo dia de manhã queria postar alguma coisa no Facebook, e às vezes o Carlos replicava nas outras redes”, consta no trecho do depoimento.