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Veja imagens de Alto Paraíso e da Chapada: 10 imagensFechar modal.1 de 10Portal de entrada de Alto ParaísoArquivo cedido ao Metrópoles/Prefeitura de Alto Paraíso2 de 10Alto ParaísoMárcio Cabral/Prefeitura Alto Paraíso3 de 10O local está recheado de opções para curtir o fim de semanaMelhores Destinos/Reprodução4 de 10Chapada dos Veadeiros tem no céu um dos encantamentosGiovanna Bembom/Metrópoles5 de 10Colorido do céu na Chapada (GO)Giovanna Bembom/Metrópoles6 de 10Vista do céu na Chapada dos VeadeirosGiovanna Bembom/Metrópoles7 de 10Céu da Chapada dos Veadeiros (GO)Vinicius Santa Rosa8 de 10Jardim de Maytrea, em Alto Paraíso (GO)Rafael Oliveira/Prefeitura Alto Paraíso9 de 10Rua Principal da cidade de Alto Paraíso de Goiás, portal de entrada no Parque Nacional da ChapadaGiovanna Bembom/Metrópoles10 de 10Cidade é um das que mais atrai turistas para a região, devido à infraestrutura que construiu ao longo do tempo e, claro, os atrativos naturaisGiovanna Bembom/Metrópoles Chapada dos Veadeiros vive colapso com boom de ocupações desordenadas A população denuncia que, se a proposta seguir adiante, a nova lei beneficiaria o prefeito Marcus Rinco (União Brasil); a primeira-dama, Magda Rinco; e outras sete pessoas aliadas, entre elas o presidente da Câmara Municipal de Alto Paraíso de Goiás, Eliomar Siqueira (União Brasil). Eles negam, dizendo que não há previsão e nem garantia de a proposta ser encaminhada ao Legislativo. O documento veio à tona exatamente no momento em que o município é alvo de investigação e fiscalização por concentrar 36 regiões com parcelamento irregular do solo, com construções ou cercamentos. No total, equivalem a 2.936 campos de futebol. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) divulgou o levantamento a pedido do Metrópoles. “Glebinha” A minuta do projeto de lei é do dia 19 de julho deste ano, quatro meses depois de o grupo comprar uma gleba na área rural equivalente a 6,7 campos de futebol. “Eu tenho uma glebinha”, afirma o prefeito. Ele diz, ainda, que está em andamento um estudo para saber o tamanho exato da área a ser expandida para a zona urbana. O Metrópoles teve o à escritura do imóvel rural com 6,748 hectares registrado no nome do prefeito e de outros oito coproprietários. O grupo comprou a área em 2 de março deste ano. 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Hoje, situação já mudouAndré Dib/Rede Contra Fogo23 de 24Bombeiros e brigadistas voluntários aram a noite tentando conter as chamas na Chapada dos Veadeiros, em São João D'Aliança, em julho deste anoAmilton Sá / Rede Contra Fogo24 de 24Divulgação/Semad Leia também Brasil Fotos: incêndio deixa rastro de destruição na Chapada dos Veadeiros Brasil Chapada dos Veadeiros está em situação de emergência por causa do fogo Brasil Chapada dos Veadeiros vive colapso com boom de ocupações desordenadas Brasil Chapada dos Veadeiros: Caiado diz que comunidade decidirá sobre obras Se virar lei da forma como está, o texto permitirá “a divisão de gleba em unidades autônomas destinadas à edificação residencial, às quais correspondem ao desmembramento em matrículas individuais na fração ideal de cada unidade autônoma”. Na prática, o parcelamento do solo também beneficiaria a propriedade do grupo do prefeito. “Batalha” O político se defende. “Este modelo de projeto é com base em estudo que está no início, mas vazou e está acontecendo isso aí só porque tenho uma área rural. Como aparece o meu nome [na escritura], tudo vira um cavalo de batalha”, afirma. Ele diz que a proposta visa “tentar resolver toda a ocupação irregular que existe na zona rural de Alto Paraíso de Goiás”. Uma moradora ligada a um conselho municipal rebate. “A grande maioria da área que está prevista na lei não tem ocupação ainda”, ressalta ela, que pediu para não ser identificada por medo de possíveis retaliações. “Em várias áreas tem a ocupação [em situação irregular], de fato, mas não com a densidade que se pretende aprovar com essa proposta”, acrescenta. 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Chapada dos Veadeiros: projeto vaza e expõe plano de novos condomínios

MPGO investiga se prefeito e aliados buscam benefício próprio com proposta de aumentar fatiamento do solo em Alto Paraíso de Goiás

atualizado

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Giovanna Bembom/Metrópoles
Céu da Chapada dos Veadeiros (GO)
1 de 1 Céu da Chapada dos Veadeiros (GO) - Foto: Giovanna Bembom/Metrópoles

Goiânia – Um dos principais destinos de turistas apaixonados por atrações naturais no Brasil, o município de Alto Paraíso de Goiás, no nordeste do estado, está no centro da polêmica que põe em alerta toda a região da Chapada dos Veadeiros, onde está localizado. Moradores criticam minuta de projeto de lei de autoria da prefeitura local, que poderá intensificar ainda mais a expansão urbana desordenada na cidade.

O Metrópoles teve o à minuta do projeto de lei, com a logomarca da atual istração e o brasão da cidade, que foi entregue por moradores ao Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) para investigação. Pela proposta, o município pretende relaxar regras para autorizar parcelamento de solo em área rural com tamanho menor do que é permitido por lei.

Veja imagens de Alto Paraíso e da Chapada:

10 imagens
Alto Paraíso
O local está recheado de opções para curtir o fim de semana
Chapada dos Veadeiros tem no céu um dos encantamentos
Colorido do céu na Chapada (GO)
Vista do céu na Chapada dos Veadeiros
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Portal de entrada de Alto Paraíso

Arquivo cedido ao Metrópoles/Prefeitura de Alto Paraíso
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Alto Paraíso

Márcio Cabral/Prefeitura Alto Paraíso
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O local está recheado de opções para curtir o fim de semana

Melhores Destinos/Reprodução
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Chapada dos Veadeiros tem no céu um dos encantamentos

Giovanna Bembom/Metrópoles
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Colorido do céu na Chapada (GO)

Giovanna Bembom/Metrópoles
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Vista do céu na Chapada dos Veadeiros

Giovanna Bembom/Metrópoles
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Céu da Chapada dos Veadeiros (GO)

Vinicius Santa Rosa
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Jardim de Maytrea, em Alto Paraíso (GO)

Rafael Oliveira/Prefeitura Alto Paraíso
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Rua Principal da cidade de Alto Paraíso de Goiás, portal de entrada no Parque Nacional da Chapada

Giovanna Bembom/Metrópoles
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Cidade é um das que mais atrai turistas para a região, devido à infraestrutura que construiu ao longo do tempo e, claro, os atrativos naturais

Giovanna Bembom/Metrópoles

Chapada dos Veadeiros vive colapso com boom de ocupações desordenadas

A população denuncia que, se a proposta seguir adiante, a nova lei beneficiaria o prefeito Marcus Rinco (União Brasil); a primeira-dama, Magda Rinco; e outras sete pessoas aliadas, entre elas o presidente da Câmara Municipal de Alto Paraíso de Goiás, Eliomar Siqueira (União Brasil). Eles negam, dizendo que não há previsão e nem garantia de a proposta ser encaminhada ao Legislativo.

O documento veio à tona exatamente no momento em que o município é alvo de investigação e fiscalização por concentrar 36 regiões com parcelamento irregular do solo, com construções ou cercamentos. No total, equivalem a 2.936 campos de futebol. A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) divulgou o levantamento a pedido do Metrópoles.

“Glebinha”

A minuta do projeto de lei é do dia 19 de julho deste ano, quatro meses depois de o grupo comprar uma gleba na área rural equivalente a 6,7 campos de futebol. “Eu tenho uma glebinha”, afirma o prefeito. Ele diz, ainda, que está em andamento um estudo para saber o tamanho exato da área a ser expandida para a zona urbana.

O Metrópoles teve o à escritura do imóvel rural com 6,748 hectares registrado no nome do prefeito e de outros oito coproprietários. O grupo comprou a área em 2 de março deste ano. No documento, declarou que “a copropriedade não se destina à formação de núcleo habitacional em desacordo com a lei”.

No entanto, o tamanho do parcelamento do solo na área corre risco de ser alterado, se a proposta for aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito. Hoje são autorizados módulos rurais com mínimo de 4 hectares no município. Cada cidade brasileira tem uma área mínima que a lei permite desmembrar fora do perímetro urbano.

“Condomínio urbanístico”

De acordo com a minuta, a Prefeitura de Alto Paraíso de Goiás pretende criar um tipo de modalidade de parcelamento do solo chamada de “Condomínio Urbanístico de Unidades com Gestão Autônoma”. Segundo moradores, a medida poderá intensificar o boom imobiliário na cidade, que tem 7,7 mil habitantes, e aumentar o desmatamento na região, que também tem sofrido com incêndios no lixão e em outras áreas próximas.

Veja fotos do incêndio no lixão e na Chapada:

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Moradores tentam apagar incêndio em lixão de Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros
Fumaça de lixo tóxico toma conta de Alto Paraíso de Goiás
Fumaça de incêndio em lixão de Alto Paraíso de Goiás
População está preocupada com incêndio em lixão de Alto Paraíso de Goiás
Voluntário em atuação no combate a incêndio na Chapada dos Veadeiros em 2021
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Lixão de Alto Paraíso de Goiás é tomado pelo fogo

Foto: reprodução/Instituto Biorregional Cerrado
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Moradores tentam apagar incêndio em lixão de Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros

Foto: reprodução/Instituto Biorregional Cerrado
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Fumaça de lixo tóxico toma conta de Alto Paraíso de Goiás

Foto: reprodução/Instituto Biorregional Cerrado
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Fumaça de incêndio em lixão de Alto Paraíso de Goiás

Foto: reprodução/Instituto Biorregional Cerrado
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População está preocupada com incêndio em lixão de Alto Paraíso de Goiás

Foto: reprodução/Instituto Biorregional Cerrado
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Voluntário em atuação no combate a incêndio na Chapada dos Veadeiros em 2021

Luís Muller/Material cedido ao Metrópoles
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Equipes de bombeiros rumo a combate a incêndio na Chapada dos Veadeiros em 2021

Luís Muller/Material cedido ao Metrópoles
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Combate a incêndio na Chapada dos Veadeiros em 2021

Luís Muller/Material cedido ao Metrópoles
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Bombeiros atuam no combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros

Divulgação/CBMGO
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Bombeiro atua no combate ao fogo na Chapada dos Veadeiros

Divulgação/CBMGO
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Brigadista voluntário atua no combate a fogo na Chapada dos Veadeiros em 2021

Luís Muller/Material cedido ao Metrópoles
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Bombeiros combatem a incêndio na Chapada dos Veadeiros em 2021

Luís Muller/Material cedido ao Metrópoles
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Aeronave lança água para combater incêndio na Chapada dos Veadeiros em 2021

Luís Muller/Material cedido ao Metrópoles
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Aeronave lança água para resfriar solo na Chapada dos Veadeiros em 2021

Luís Muller/Material cedido ao Metrópoles
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Força-tarefa inclui brigadistas voluntários

Arquivo Pessoal
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Mais de 100 brigadistas voluntários ajudam no combate às chamas na Chapada dos Veadeiros, em Goiás

André Dib/Rede Contra Fogo
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Experiência e treinamentos aumentaram a capacidade dos voluntários de auxiliar no combate aos incêndios

Arquivo Pessoal
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Cena registrada durante combate a incêndio florestal na Chapada dos Veadeiros

André Dib/Rede Contra Fogo
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Os voluntários são pessoas que escolheram a chapada para morar e que construíram um laço afetivo com a região

André Dib/Rede Contra Fogo
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Brigadistas voluntários na Chapada dos Veadeiros viram noites no combate às chamas para salvar o Cerrado

André Dib/Rede Contra Fogo
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Com treinamento e equipamento adequados, eles conseguem agir com maior efetividade

André Dib/Rede Contra Fogo
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Eles começaram de maneira improvisada, agindo no desespero para salvar a vegetação e sem equipamentos adequados. Hoje, situação já mudou

André Dib/Rede Contra Fogo
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Bombeiros e brigadistas voluntários aram a noite tentando conter as chamas na Chapada dos Veadeiros, em São João D'Aliança, em julho deste ano

Amilton Sá / Rede Contra Fogo
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Divulgação/Semad

Se virar lei da forma como está, o texto permitirá “a divisão de gleba em unidades autônomas destinadas à edificação residencial, às quais correspondem ao desmembramento em matrículas individuais na fração ideal de cada unidade autônoma”. Na prática, o parcelamento do solo também beneficiaria a propriedade do grupo do prefeito.

“Batalha”

O político se defende. “Este modelo de projeto é com base em estudo que está no início, mas vazou e está acontecendo isso aí só porque tenho uma área rural. Como aparece o meu nome [na escritura], tudo vira um cavalo de batalha”, afirma. Ele diz que a proposta visa “tentar resolver toda a ocupação irregular que existe na zona rural de Alto Paraíso de Goiás”.

Uma moradora ligada a um conselho municipal rebate. “A grande maioria da área que está prevista na lei não tem ocupação ainda”, ressalta ela, que pediu para não ser identificada por medo de possíveis retaliações. “Em várias áreas tem a ocupação [em situação irregular], de fato, mas não com a densidade que se pretende aprovar com essa proposta”, acrescenta.

O presidente da Câmara de Municipal de Alto Paraíso de Goiás diz que não recebeu qualquer projeto relacionado à expansão urbana e, assim como o prefeito, nega qualquer tipo de interferência para benefício próprio. “Não haverá influência no projeto, caso chegue à câmara”, afirmou. Segundo ele, a proposta foi enviada a conselhos municipais para discussão.

“A qualquer custo”

A presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), Melissa Viana diz que a área proposta para expansão urbana “é muito grande, quase o dobro da que existe no município hoje”. “A maior parte é de propriedade privada. Dentro dessas áreas tem ocupações de todos os tipos, como residência e áreas para plantio e criação de gado”, observa.

Melissa, que também é presidente da associação de moradores do Eldorado, maior bairro de Alto Paraíso, destaca que a articulação para expansão urbana desordenada “atende à especulação imobiliária”. “É obvio que a gente sabe que Alto Paraíso precisa crescer e se desenvolver, mas não sem planejamento, a qualquer custo”, ressalta ela.

O presidente do Conselho Municipal de Turismo (Comtur), Moisés Nunes Neto, diz que não quer se manifestar sobre o assunto. Ele é ex-secretário municipal de Turismo e conselheiro das agências de viagens e operadoras do setor na cidade.

O promotor de Justiça Rodrigo Marambaia confirma que recebeu a denúncia específica contra o grupo do prefeito. “O MP instaurou procedimento, requisitou cópia das matrículas e a gente está apurando a situação”, diz.

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