Caso Marielle: Moraes desbloqueia parte do salário de delegado preso
O ministro Alexandre de Moraes atendeu parcialmente pedido da defesa de Rivaldo Barbosa e liberou R$ 18,8 mil para uso da esposa do réu
atualizado
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou parcialmente o salário do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, preso sob suspeita de ser o mentor do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco.
Com a decisão, fica expedido ofício ao Banco Central para que sejas disponibilizados R$ 18.813,49 mensais das verbas salariais do delegado preso há um ano. As movimentações devem ser feitas por sua esposa, Érika Andrede de Almeida Araújo.
Moraes atendeu a um pedido da defesa de Rivaldo, que pediu o desbloqueio completo do salário do policial ao alegar que a ausência da verba comprometia “severamente as condições financeiras de sua família, que hoje depende de sua renda para o mínimo existencial”. O salário total de Rivaldo é R$ 29 mil. Moraes liberou R$ 18,8 mil.
O que aconteceu?
- Rivaldo Barbosa está preso desde março do ano ado, sob suspeita de ser um dos mentores do assassinato de Marielle.
- Os salários dele, como delegado de polícia, estavam bloqueados desde a decisão da prisão.
- O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes.
Rivaldo está preso desde março do ano ado, após ser alvo de uma operação da Polícia Federal — o salário dele foi bloqueado na mesma decisão que determinou sua prisão.
Em nota, a defesa de Rivaldo afirmou que “esse desbloqueio é um indicativo claro de que o STF está atento a tudo aquilo que foi produzido durante a instrução criminal, no sentido de que não merecem prosperar a acusação que pesa sobre Rivaldo e a colaboração premiada de Ronnie Lessa. Que essa decisão seja o marco do início da justiça para Rivaldo e sua família”, afirmou o advogado Marcelo Ferreira.
O delegado cumpre pena em penitenciária federal. Outro alvo da operação foi o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), apontado como um dos mandantes do duplo homicídio que vitimou Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes. O parlamentar também permanece preso, após ser delatado por Ronnie Lessa.