Bolsonaro participa de filiação em grupo ao PL com presença dos Roriz

O  presidente Jair Bolsonaro (PL) participou, neste sábado (12/3), do evento de filiação de cerca de 20 deputados federais ao Partido Liberal, na sede do partido, em Brasília. O destaque ficou com o clã Roriz.

Weslian, viúva do ex-governador Joaquim Roriz; Jaqueline, filha; e Joaquim Roriz Neto, filho de Jaqueline e neto do ex-político morto em 27 de setembro de 2018, se filiaram. O único a concorrer às eleições de 2022, porém, será Roriz Neto, pré-candidato a deputado distrital.

O “mutirão” marca a entrada de bolsonaristas esperados pela legenda comandada por Valdemar Costa Neto nesta janela partidária. Segundo os presentes, Bolsonaro não fez discurso, apenas tirou fotos e abonou diversas fichas.

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Valdemar Costa, presidente do Partido Liberal (PL), tem perfil articulador nos bastidores políticos. Nos últimos tempos, retornou ao holofotes com a filiação de Bolsonaro ao PL

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No governo Bolsonaro, o cacique da sigla já fez indicações ao Ministério da Saúde, ao Banco do Nordeste e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação

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Em outubro de 2021, Valdemar gravou um vídeo convidando Bolsonaro a ingressar no PL e, também, afirmou que iria apoiá-lo na campanha de reeleição

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Em gravação a auxiliares, Waldemar defendeu a ideia dizendo que “todos têm que crescer”, se referindo à filiação do presidente

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Valdemar foi questionado diversas vezes sobre os enroscos que poderia criar para o PL com a filiação de Bolsonaro, mas o objetivo sempre foi o crescimento do partido

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Valdemar da Costa Neto, presidente do PL

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A filiação, inclusive, foi adiada uma vez, após troca de insultos entre Valdemar e Bolsonaro, incluindo um “VTNC você e seus filhos”, dito pelo presidente do PL

José Cruz/Agência Brasil

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Bolsonaro negou a troca de farpas com o cacique do PL, mas exigiu ter a palavra final sobre os palanques do partido em 2022 nos três maiores colégios eleitorais do Brasil

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O "casamento" só deu certo após Valdemar acertar a candidatura do ministro Tarcísio Freitas ao governo de São Paulo

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Com a entrada do bolsonarista na eleição de São Paulo, Valdemar precisará refazer os cálculos para repartir o fundo partidário entre todos os deputados do PL

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O período, que iniciou no último dia 3 de março e vai até 1° de abril, possibilita que deputados federais, estaduais e distritais possam trocar de partidos sem o risco de perder o mandato. A maior parte deles oriundos do PSL, que se fundiu com o DEM para criar o União Brasil.

“O PL, com certeza, vai ar de 60 deputados e vai ser o maior da Casa”, avalia o deputado Coronel Tadeu (SP), que trocou o União Brasil pelo PL e teve a ficha abonada por Bolsonaro. Tadeu destacou que o projeto do partido é eleger deputados em todos os estados.

O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) também trocou União Brasil pelo PL “para estar alinhando com o presidente Bolsonaro e governador [do Rio de Janeiro] Claúdio Castro”.

A ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda (PL-DF), e o secretário especial de Cultura, Mário Frias (PL), prestigiaram o evento.

Alguns deputados federais que se filiaram neste sábado:

Sanderson (RS)
Hélio Lopes (RJ)
Coronel Tadeu (SP)
Coronel Chrisóstomo (RO)
Sóstenes Cavalcante (RJ)
Nelson Barbudo (MT)
Carlos Jordy (RJ)
Capitão Alberto Neto (AM)
Joaquim Roriz Neto (DF)
Marcio Labre (RJ)
Luiz Lima (RJ)
Charles Evangelista (MG)
Marcelo Álvaro Antônio (MG)
Loester Trutis (MS)
Junio Amaral (MG)
Bibo Nunes (RS)
Daniel Freitas (SC)
Delegado Eder Mauro (AP)
Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP)