Bolsonaro acompanha depoimento de Marinho ao STF sobre trama golpista
Ex-presidente acompanhou o momento que Moraes marcou o início dos interrogatórios dos réus da trama golpista. Bolsonaro está em Brasília
atualizado
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acompanhou, de forma virtual, o último dia de audiência que apura uma suposta trama golpista, diretamente da sede do Partido Liberal, em Brasília. Bolsonaro é réu por cinco crimes em uma ação penal que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
As audiências são conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes. Bolsonaro apareceu em silêncio, apenas manuseando o celular enquanto assistia ao depoimento do senador Rogério Marinho (PL-RN).
Embora as sessões não sejam transmitidas ao público, Moraes informou que, após o depoimento do senador ser transcrito pela equipe de tecnologia do STF, os vídeos e áudios de todos os interrogatórios — tanto de testemunhas de defesa quanto de acusação — serão disponibilizados.
Bolsonaro tem acompanhado todos os depoimentos das testemunhas que indicou no processo.
Interrogatórios
Moraes também marcou, a partir de 9 de junho, os interrogatórios dos réus da ação penal que investiga uma suposta trama golpista. Os trabalhos começarão com o interrogatório do ex-ajudante de ordens Mauro Cid.
Após o interrogatório de Cid, começarão a ser ouvidos os demais réus, começando com o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) — priorizando a ordem alfabética. Como um interrogatório pode durar mais de um dia ou ocorrerem três em uma mesma data, não é possível determinar, com certeza, que dia cada um dos réus falará.
Veja como ficará a ordem dos réus que serão ouvidos no STF, após o interrogatório de Mauro Cid:
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e
- Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.
Os réus poderão optar por ficar em silêncio ou responder as perguntas.
Todos os réus serão ouvidos presencialmente no Supremo, com exceção do ex-candidato a vice-presidente e general do Exército, Walter Souza Braga Netto. O general está detido no Rio de Janeiro.
Os réus desse processo integram o núcleo 1, considerado crucial para a suposta tentativa de golpe. As datas foram marcadas após o depoimento do senador Rogério Marinho (PL-RN), ouvido na tarde desta desta segunda-feira (2/6) como testemunha de Bolsonaro.
“O direito do acusado de ser ouvido no momento adequado é intrínseco ao próprio julgamento. O resultado é obtido após o devido processo legal, obtido com toda consideração e respeito que todos os indivíduos merecem. Por isso, os réus têm o direito de falar ou silenciar”, afirmou Moraes ao marcar as datas dos interrogatórios.
Calendário
- 9/6 – começa 14h, com o delator Mauro Cid;
- 10/6 – das 9h às 20h;
- 11/6 – 8h às 10h;
- 12/6 – das 9h às 13h;
- 13/6 – das 9h às 20h.