Bolo envenenado: marido pediu divórcio 1 dia antes de suspeita morrer
Deise estava sendo mantida em uma cela de contenção, destinada a pessoas em prisão temporária, separada de outras detentas
atualizado
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O marido de Deise Moura dos Anjos, até então presa sob a suspeita de matar três pessoas com um bolo envenenado com arsênio no Rio Grande do Sul, pediu o divórcio e a aliança de volta um dia antes de ela ser encontrada morta na cadeia, nesta quinta-feira (13/2).
A delegada responsável pelo caso, Karoline Calegari, afirmou ao Metrópoles que, de acordo com informações preliminares, Deise teria se desesperado ao saber das intenções do marido dela, Diego dos Anjos, por meio de um advogado. A informação é apurada pelos investigadores.
Deise era mantida em uma cela de contenção, destinada a pessoas em prisão temporária, separada de outras detentas. “Tudo indica que foi suicídio”, adiantou a delegada à reportagem.
Relembre o caso
- Em 23 de dezembro de 2024, uma família celebrava uma confraternização em Torres, no litoral norte do Rio Grande do Sul, quando consumiu um bolo envenenado com arsênio.
- O incidente resultou na morte de três familiares e na internação de outras três pessoas, incluindo a mulher que preparou o doce.
- As irmãs Neuza Denize Silva dos Anjos, de 65 anos, e Maida Berenice Flores da Silva, de 59, morreram. A filha de Neuza, Tatiana Denize Silva dos Anjos, de 47, também faleceu.
- A suspeita de envenar o bolo é Deise Moura dos Anjo. Ela é nora de Paulo Luiz e Zeli dos Anjos, ambos vítimas de intoxicação por arsênio.
- As autoridades informaram que uma desavença familiar de mais de 20 anos entre a suspeita do crime, Deise, e a sogra dela, Zeli dos Anjos, pode ter motivado o crime.
De acordo com Karoline Calegari, Deise foi encontrada ainda com vida e recebeu os primeiros socorros, porém, constatou-se o óbito na enfermaria. Ela tinha uma camisa, ou um pano, enrolada no pescoço.
Deise enfrentava acusações de triplo homicídio duplamente qualificado e tripla tentativa de homicídio. As investigações revelaram que ela fez diversas pesquisas na internet sobre veneno. Ela estava na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba.
De acordo com a polícia, ela era suspeita de ter cometido outros envenenamentos contra pessoas próximas, incluindo o marido e o filho, de 10 anos.