body { font-family: 'Merriweather', serif; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Regular'; src: local('Merriweather-Regular'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-regular.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Bold'; src: local('Merriweather-Bold'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-bold.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Heavy'; src: local('Merriweather-Heavy'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-heavy.woff') format('woff'); font-display: swap; } @font-face { font-family: 'Merriweather-Italic'; src: local('Merriweather-Italic'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff2') format('woff2'), url('https://files.metroimg.com/fonts/v2/merriweather/merriweather-italic.woff') format('woff'); font-display: swap; }
metropoles.com

Anitta se manifesta contra venda de áreas verdes em Salvador. Vídeo

Ao Metrópoles, prefeitura de Salvador informou que os leilões de terrenos públicos são realizados de acordo com a lei

atualizado

metropoles.com

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução
imagem colorida da cantora Anitta
1 de 1 imagem colorida da cantora Anitta - Foto: Reprodução

A cantora Anitta se manifestou sobre a desafetação e venda de áreas públicas, algumas delas classificadas como áreas verdes e de preservação, em Salvador, na Bahia. O debate sobre o tema movimenta a capital baiana, gerando controvérsias entre o poder público, moradores e instituições ambientais e de arquitetura.

Veja a manifestação de Anitta:

 

No vídeo, Anitta pede para que as autoridades de Salvador respeitem as áreas verdes da cidade.

“Usar o potencial construtivo de áreas verdes para erguer mais prédios não é a melhor escolha para a população. É preciso respeitar os limites e cuidar da natureza, proteger as áreas verdes que a gente ainda tem no nosso país, porque a gente sabe que a crise climática é real, é verdadeira e a gente precisa cuidar das nossas áreas verdes, procurar preservar. Aqui ó, preserve!”.

Em dezembro de 2023, o prefeito Bruno Reis (União Brasil), enviou à Câmara Municipal de Salvador (CMS) o Projeto de Lei nº 307/23, que autoriza a desafetação de 40 áreas públicas, incluindo áreas verdes em bairros como Barra, Boca do Rio, Engenho Velho da Federação e Paralela.

A decisão de vender áreas verdes tem gerado descontentamento. O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU-BA), Tiago Brasileiro, afirma que a prefeitura de Salvador não apresentou nenhum estudo técnico que justificasse a desafetação de áreas verdes. O arquiteto e urbanista lembra que o município divulgou que a venda desses locais seria para uma maior arrecadação sobre o Imposto sobre Propriedade Territorial Urbana (IPTU).

“Por isso, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Bahia (CAU) tem exigido que a prefeitura apresente estudos técnicos significativos, previstos na legislação, como o Estatuto da Cidade, para situações como essa. Até agora, a prefeitura não apresentou nenhum estudo que justifique a medida. Além disso, não houve debate público com os moradores das vizinhanças dessas áreas verdes, dos bairros afetados, nem com a população em geral. Um debate amplo seria essencial para avaliar a viabilidade de desafetar e vender essas áreas públicas”, destaca Brasileiro.

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) está julgando uma possível inconstitucionalidade da Lei Municipal 9233/2017, que autorizou a desafetação e venda de 31 imóveis públicos, incluindo áreas verdes em Salvador, no ano de 2017 — durante a gestão do ex-prefeito ACM Neto (União Brasil).

A ação popular que questiona a medida argumenta que a desafetação dessas áreas viola o princípio da preservação ambiental e o direito ao conforto térmico e urbano.

Tiago Brasileiro expõe que as áreas verdes têm múltiplos valores para a cidade. Para ele, os espaços representam elementos fundamentais da identidade cultural, urbanística e paisagística da cidade.

“Usar o potencial construtivo de áreas verdes para erguer mais prédios não é a melhor escolha para a população. É preciso respeitar os limites e cuidar da natureza, protegendo as áreas verdes que ainda temos no nosso país, porque sabemos que a crise climática é real, é verdadeira, e precisamos cuidar das nossas áreas verdes, buscando preservar. Atenção: preserve! Preservar as áreas verdes significa não construir mais, e mais, e mais. Agora é hora de cuidar do nosso meio ambiente”.

O arquiteto reforça que as áreas têm valor ecológico, função hidrológica e benefícios, como espaços de contemplação, lazer e saúde pública. “Se calculássemos todos esses valores — inclusive os imateriais —, eles ultraaram em muito a arrecadação gerada pelo IPTU”, alega o presidente do CAU.

Por fim, Brasileiro destaca que, se nada for feito e as desafetações continuarem, a capital baiana enfrentará perda de identidade, agravamento do clima, problemas de mobilidade e possíveis danos ambientais.

O que diz a prefeitura

Ao Metrópoles, a prefeitura de Salvador informou que os leilões de terrenos são realizados conforme as leis publicadas em 2014, 2017, 2021 e 2023. E que os recursos arrecadados são utilizados para antecipar investimentos em diversas áreas estruturais.

“Desde 2014, a venda de terrenos proporcionou mais de R$  235 milhões para os cofres do município, recursos que foram convertidos em investimentos em diversas áreas da cidade, como mobilidade, habitação e infraestrutura, garantindo diversas melhorias, inclusive nos serviços públicos essenciais, como saúde e educação. Nesse período, foram 53 imóveis alienados. Estes locais não tinham função social nem utilização pública e, justamente por isso, não arrecadavam impostos”.

Problema antigo

Controvérsias sobre a venda de áreas públicas em Salvador se arrastam há tempos. Em 2024, o Metrópoles noticiou o leilão de uma área de proteção ambiental na capital baiana. Com a venda, a área verde daria lugar para dar lugar a um condomínio residencial de 36 andares.

O terreno é classificado como Área de Proteção Ambiental (APA) e tem 6.699 m² na Encosta da Vitória, local considerado de extrema relevância ambiental, que fica em área nobre de Salvador. Nas APAs, é permitido certo grau de ocupação humana, desde que não represente ameaça para os recursos ambientais renováveis e processos ecológicos.

No entanto, o CAU-BA e o Ministério Público Federal (MPF) alegam que, dentro dessa APA de Salvador, pode existir uma Área de Preservação Permanente (APP). As APPs são ainda mais restritivas: trata-se de locais que devem ser intocáveis, onde não é permitido construir, cultivar ou promover a exploração econômica.

Uma decisão judicial em primeira instância deixou o negócio sub judice. A prefeitura recorreu e marcou o pregão. Mas, em segunda instância, a Justiça acatou pedido do CAU-BA e manteve o processo de venda suspenso. O lance mínimo inicial era de R$ 10,9 milhões.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os os a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?